Inundações: Uma Questão Econômica Mapa de Inundações de Santa Catarina Período de retorno de 100 anos Profundidade (metros) +1 0,8 - 1 0,6 - 0,8 0,4 - 0,6 0,2 - 0,4 0- 0,2 Mapas de inundações podem ser usados em conjunto com dados geo-referenciados sobre diferentes bens e ativos, como redes viárias, plantas industriais, infraestrutura pública, bens imobiliários, dentre outros. A informação produzida pode ajudar a administração pública a priorizar intervenções e investimentos em Gestão de Riscos de Desastres (GRD) no território, ou a promover o desenvolvimento do setor privado em áreas menos expostas à perigos naturais, por exemplo. O Estado de Santa Catarina está exposto a desastres naturais PIB e custos financeiros recorrentes, entre os quais os eventos de inundações se decorrentes de desastres destacam. Os danos e prejuízos econômicos de tais eventos, naturais $ conforme indicam as bases de dados históricos, são consideráveis, $ $ enquanto a capacidade de resposta $ financeira do estado permanece limitada1. Ou seja, embora o estado $ tenha avançado consideravelmente no tema da Gestão do Risco de Desastres ao longo dos anos Impactos – tendo, inclusive, se tornado referência no Brasil - ainda há Economicos 0,4 % espaço para melhoras expressivas na sua estratégia de GRD. $ Embora recuperar os registros $ históricos seja um passo $ do pib extremamente importante no planejamento em GRD, o estado $ (1995 - 2014) devido a necessita conceber e atualizar desastres naturais sua estratégia com uma visão de futuro, com base, pelo menos, nos seguintes pilares de ação: a) identificação de riscos, (b) R$ 17,6 bilhões em 20 anos redução de riscos, (c) preparação, (d) proteção financeira, e (e) reconstrução resiliente. A Perda Anual Média (PAM) representa o valor médio das perdas anuais. É o valor mediano Mantendo em mente a estrutura Inundações: Uma Questão Econômica da distribuição da Probabilidade de Perdas de GRD delineada acima, o (PP). Representa o prejuízo projetado por estudo realizado combinou a ano, tomando a média de vários anos. Dessa caracterização dos padrões forma, espera-se que o prejuízo de um evento históricos de perigos naturais com período de retorno de um ano seja (e os seus efeitos) em Santa igualado ou excedido todo ano. Catarina com um Modelo de Catástrofe (CAT) do risco de Perda R$ 645 inundações. Tal esforço teve por objetivo desenvolver uma base robusta de conhecimentos para o planejamento em GRD no estado. anual = (1) Relatório dos Danos Materiais e Prejuízos Decorrentes de média MILHÕES 2 | Desastres Naturais em Santa Catarina (1995-2014) O Estado de Santa Catarina em Números Localizado na Região Sul do Brasil, o estado de Santa Catarina Área 95.734 km2 População 6.248.436* possui um território equivalente à Hungria e população semelhante rural à do Paraguai. O estado é afetado por uma ampla variedade de 16% eventos naturais adversos: 1.000.523 secas, inundações, enxurradas, granizo, movimentos de massa urbana gravitacionais, vendavais, tornados e erosão costeira, além 84% de ter sido atingido pelo único 5.247.913 furacão já registrado no Brasil. norte 15.928,8 km2 oeste 1.212.843 27.310,2 km2 Most Municípios Populous com maior 1.200.712 Joinville densidade populacional Municipalities jaraguá do sul vale do itajaí em milhares de habitantes In thousands of people Blumenau 13.097,6 km2 chapecó itajaí 1.508.980 555 Joinville são José 462 Florianópolis grande florianópolis florianópolis 334 Blumenau serrana 7.355,3 km2 994.095 (região montanhosa) 229 22.324,3 km2 São José 406.741 criciúma 205 Criciuma sul 9.718,9 km2 202 925.065 Chapecó 202 Itajaí Vale notar que os municípios mais povoados estão localizados população no Nordeste do estado onde concentra-se mais de 42% da sua estimada em 2016 160 Jaraguá do Sul população, e que é frequentemente impactada por desastres naturais, 6.910.553** conforme apresenta-se na etapa de modelagem deste estudo. *IBGE 2010 **IBGE 2016 3 Desastres Naturais em números Entre 1995 e 2014, foram considerados 2,704 registros realizados pelos municípios que reportaram danos e prejuízos por desastres naturais em Santa Catarina. Ocorreram picos anuais consideráveis no número de registros, refletindo eventos de grande intensidade. A média de eventos registrados por ano foi de 135. Prejuízos Reportados Distribuição de Danos 4% R$ 193,3 MI Por setor por tipo instalações 9% 91% 63% R$ 3,28 BI 33% R$ 1,75 BI público privado danos em danos infraestrutura residenciais R$ 12,41 BI R$ 5,23 BI Desastres Naturais Somente nos eventos de novembro de 2008, mais de 73 municípios e 1,5 milhão de pessoas foram afetados por inundações. Pelo menos 135 pessoas de Grande Impacto morreram, mais de 78.700 foram obrigadas a deixar suas casas, 27.400 ficaram desabrigadas, 7.154 lares ficaram completamente destruídos (CEPED Inundações: Uma Questão Econômica UFSC 2016) e 186.000 ficaram sem eletricidade durante semanas (BBC 2008). Municípios $ Danos e afetados Prejuízos Furacão Catarina 2004 14 R$ 376.6 MI seca 2004 - 2005 163 R$ 1,763.1 Bi Inundações no Vale do ItajaÍ 2008 73 R$ 4,684.2 BI Inundações de Setembro de 2011 58 R$ 1,093.6 BI Inundações no Vale do Itapocú 2014 4 R$ 327.4 MI 4 | Impactos de Desastres Naturais Fatalidades, Perdas e Danos Econômicos 1995 - 2014* População Desabrigados Danos em $ $ $ Perdas afetada e Desalojados Residências $ Econômicas 13,5 milhões 746 mil 110 mil r$ 17,64 bilhões População diretamente afetada, 746.600 pessoas precisaram 11.200 residências foram Perdas e Prejuízos Materiais informados incluindo pessoas desabrigadas, de abrigo ou saíram dos seus destruídas e 99.294 por municípios em 2.704 registros. desalojadas, mortas e enfermas. domicílios. danificadas. Valores corrigidos para 2014. * Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Dados de registros de desastres reportados por municípios à Secretaria de Estado da Defesa Civil ou à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil - SEDEC. Do total de 6.464 registros, 2.704 informaram danos materiais e/ou prejuízos econômicos. Total de Danos e Prejuízos Reportados em Municípios com maiores perdas reportadas relação ao PIB municipal vargem joinville 10,8% R$ 345 MI Abdon Batista Blumenau 9,3% R$ 1,8 BI Celso Ramos ITAJAí 10,1% R$ 1,4 BI Alto Bela vista GASPAR 7,4% R$ 1,8 BI População Desabrigados e Danos em afetada Desalojados Residências 47.963 18.756 66.653 1.235.590 - - 1.528.230 122.135 73.111 935.517 201.338 34.126 123.262 17.942 11.167 5 Desastres Naturais Distribuição de danos e prejuízos por tipo de desastre Desastres hidrológicos estão associados a inundações e deslizamentos Desastres climatológicos estão associados a secas e estiagens. Desastres meteorológicos são aqueles de origem súbita, como vendavais, tornados e furacões, entre outros. 9,2% 1.630 21,6 0,1% 10% 1.687 Meteorológicos outros inundações 5.845 33% 3% 500 secas granizo 7.806 44% 3% 500 enxurradas vendavais 35% 6.197 9.86355,7% 7% 1.257 Climatológicos hidrológicos outros 1995 a 2014 - Distribuição Espacial dos Danos e Prejuízos das Inundações em Santa Catarina Inundações: Uma Questão Econômica De R$ 487 milhões a R$ 1.82 Bilhões De R$ 179 milhões a R$ 487 milhões De R$ 70 milhões a R$ 179 milhões De R$ 21 milhões a R$ 70 milhões Até R$ 21 milhões 6 | Modelo de Suscetibilidade Os Mapas de Inundações representam o local e a profundidade de possíveis inundações, em nível de setor à Inundações censitário, para um determinado tempo de retorno. A abordagem adotada Validação neste estudo foi a O modelo foi utilização do método validado tendo como consolidado de referência os dados precipitação-escoamento históricos (ReFH) do ‘Flood Studies de inundações Report / Flood Estimation passadas registradas Handbook’ (FSR/FEH). no Estado. Os principais Modelagem hidrológica envolve o uso de várias técnicas ou conhecimento local componentes do modelo para entender o comportamento do volume de água em eventos de inundações e de suscetibilidade definir qual será a sua distribuição, em termos geográficos. à inundações são a modelagem hidrológica, A modelagem hidráulica, usando frequentemente modelos bidimensionais, a modelagem hidráulica envolve a análise do escoamento sobre a superfície da planície de inundação. e a validação de Uma vez concluídas ambas as modelagens, os resultados obtidos são validados resultados. considerando-se eventos históricos. HIDROGRAMA DE ESCOAMENTO TOTAL para um período de retorno de 1000 anos precipitação 3.000 30 total precipitação líquida Vazão (m³/s) 2.000 20 Precipitação (mm) escoamento total 1.000 10 escoamento superficial direto escoamento 0 0 de base 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0 8.5 9.0 9.5 10.0 10.5 11.0 11.5 12.0 12.5 13.0 13.5 14.0 14.5 15.0 15.5 16.0 16.5 17.0 17.5 18.0 18.5 19.0 19.5 20.0 20.5 21.0 21.5 22.0 22.5 23.0 23.5 Intervalos de tempo (horas) 7 Mapa de Períodos de Inundação locais críticos de inundação Com os resultados sistematizados, os mapas de inundação são relevantes para visualizar as áreas suscetíveis a inundações. Tais mapas são produto do Modelo de Suscetibilidade à Inundações, que visa melhorar a compreensão destas por meio Inundações: Uma Questão Econômica de uma combinação de dados históricos e simulações geradas por computador. De forma geral, qualquer que seja o nível, os mapas de inundação podem ser usados em combinação com conjuntos de dados geo-referenciados de vários tipos de ativos e ativos, como redes viárias, plantas industriais, infraestrutura pública, dentre outros. 8 | Exposição e Vulnerabilidade No contexto deste estudo, o termo vulnerabilidade expressa a tendência de um elemento, ou de uma série de elementos, de sofrer danos quando expostos a uma ameaça. O impacto de uma ameaça natural não é igual em todos os casos. Qualquer que seja o local, o impacto depende diretamente das características do ativo. Alguns tipos de construções são mais vulneráveis a inundações. Área por Tipologia Construtiva Valor por Tipologia Construtiva* Uso Residencial 12% 12% apartamentos 67% apartamentos 57% casas de casas de 21% alvenaria 31% alvenaria casas de casas de madeira madeira Porcentagem do valor monetário total de reposição/reconstrução. Vulnerabilidade de vários tipos de edificações Alguns tipos de construções são mais vulneráveis à Um pavimento Dois pavimentos Três pavimentos inundações. O estudo pesquisou a vulnerabilidade de 1 diferentes padrões construtivos em Santa Catarina. Foi 0.8 elaborada uma série de curvas associando a Razão Média 0.6 Prejuízo de Danos (RMD) à intensidade de inundações (profundidade). 0.4 Isso possibilitou a parametrização de perfis de exposição que refletem as características dos bens e ativos expostos. 0.2 0 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 Profundidade da água (metros) Direção da vazão RMD= Custo Médio de Reparação Nível d’água externo Custo de Reposição ou Valor Segurado 9 Curvas de danos para tipos específicos de construção no Brasil 1.000 código const. classif. padrão 0.900 rp1q casa 1.000 popular 0.800 Razão Média de Danos (RMD) r1-b casa 0.900 baixo 0.700 r1-n casa 0.800 normal 0.600 r1-a casa 0.700 alto 0.500 rn-b apart. 0.600 baixo 0.400 rn-n apart. 0.400 normal 0.300 rn-a apart. 0.300 alto cm casa Madeira - 0.200 ta casa barro - 0.100 Pa casa palha - 0.000 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0 Profundidade de Inundações (metros) Exposição Os dados econômicos derivados do Censo Nacional de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as áreas regionais ( delineadas em azul) foram associados às áreas urbanizadas e adequados para processamentos específicos. Posteriormente, o plano de informação gerado foi relacionado geograficamente com os mapas de suscetibilidade à inundações. Tal processo teve como produto a volumetria e a porcentagem de alagamento de cada célula exposta, assim como o tempo de retorno e profundidade da inundação que afetou a célula. Inundações: Uma Questão Econômica Ameaça Suscetibilidade Exposição risco Vulnerabilidade 10 | Adicionalmente, relacionou-se geograficamente o plano de informação de suscetibilidade à inundações (mapa) com os dados econômicos de áreas regionais do Censo (valor construído). As linhas azuis mostram as áreas urbanas associadas a cada cenário específico de inundação. Este tipo de relacionamento geográfico promove o aumento da densidade de informação contida no censo do IBGE e contribui para uma melhor compreensão do problema. Inundações e Prejuízos Financeiros em SC Um Modelo de Catástrofe (CAT) é um modelo automatizado que gera um conjunto de eventos simulados. Cada simulação fornece estimativas sobre a magnitude, intensidade e localização de um evento para determinar o volume de danos e calcular o valor provável dos prejuízos causados por um evento extremo. (Lloyd’s Market Association, 2013). Município Prejuízo Médio Anual itajaí 1º R$ 100,115,000 palhoça 2º R$ 42,905,000 blumenau 3º R$ 39,102,000 navegantes 4º R$ 34,267,000 0 - 150,000 gaspar 5º R$ 29,454,000 150,000 - 500,000 jaraguá do sul 6º R$ 27,568,000 500,000 - 1,000,000 1,000,000 - 2,500,000 guaramirim 7º R$ 24,355,000 2,500,000 - 5,000,000 joinville 8º R$ 20,507,000 5,000,000 - 7,500,000 7,500, 000 - 10,000,000 rio do sul 9º R$ 19,365,000 10,000,000 - 25,000,000 tijucas 10º R$ 13,357,000 25,000,000 - 50,000,000 > 50,000,000 tubarão 11º R$ 13,056,000 11 Olhando para o futuro, qual será o custo de inundações em diferentes períodos de retorno? 3.000.000.000 A Probabilidade de Excedência de Perdas 2.800.000.000 Anuais Agregadas (PEA) representa a probabilidade de que o custo total de 2.600.000.000 todos os eventos de um ano, somados, 2.400.000.000 supere um determinado valor. Esses prejuizos (r$) valores devem ser usados ao​​ avaliar 2.200.000.000 as relações de prejuízo bruto (gross 2.000.000.000 loss ratios). Os eventos de inundação de maior intensidade ocorrem (e são 1.800.000.000 excedidos) com menor frequência, 1.600.000.000 portanto têm uma probabilidade anual menor. Cabe notar que os resultados da 1.400.000.000 PEA mostram a probabilidade do custo 0 200 400 600 800 1000 total de todos os eventos de um ano Período de retorno qualquer exceder um determinado limite e não ao prejuízo exato em si. Com base nesses resultados, portanto, a probabilidade de que todos os eventos de um ano qualquer gerem prejuízos iguais ou superiores a R$ 1,8 bilhão é de 10%. Eventos com um período de retorno de 20 anos poderiam gerar prejuízos iguais ou superiores a R$ 2,3 bilhões. fontes BBC (2008) Flood deaths in Brazil rise to 84, http://news.bbc.co.uk/1/hi/7747456.stm, acesso em 19/05/2016 Inundações: Uma Questão Econômica CEPED UFSC (2016) Relatório dos Danos Materiais e Prejuízos Decorrentes de Desastres Naturais em Santa Catarina, Banco Mundial – Brasília, Brasil BGE. Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População. Resultados da Amostra. IBGE, 2003. Disponível em ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Resultados_Gerais_da_Amostra/ Microdados/, acessado em 19/05/2016. Lloyd’s Market Association (LMA) (2013) Catastrophe Modelling, Guidance for Non-Catastrophe Modellers, disponível em http://www.lmalloyds.com/Web/market_places/finance/Cat_Modelling_Guidance.aspx 12 | Todos os valores foram convertidos a valores de 2014. Taxa de câmbio do Banco Central do Brasil de 3,2402 em 21 de setembro de 2016 Comentários finais Este estudo piloto fez parte da Assistência Técnica do construção (Modelo de Exposição). A etapa final consistiu Banco Mundial para o Estado de Santa Catarina. O em rodar o Modelo de Catástrofe (CAT) para 10.000 estado está exposto a desastres naturais recorrentes, eventos simulados, representando inúmeras dinâmicas com destaque para as inundações. O estudo objetivou entre inundações, exposição e vulnerabilidade. sistematizar, quantificar e representar geograficamente os efeitos econômicos das inundações, conforme O modelo deu como resultado a quantificação da indicados pelas perdas e danos consideráveis registrados probabilidade de ocorrência de eventos de inundação ao longo da história recente. com diferentes intensidades e os prejuízos financeiros que esses eventos podem causar. Os resultados mostram Para isso, a equipe do Banco Mundial focou em técnicas de que a probabilidade de que todos os eventos de um ano geoprocessamento e analisou os dados disponíveis gerindo- qualquer gerem prejuízos iguais ou superiores a R$ 1,8 os por meio de um Sistema de Informação Geográfica bilhão é de 10 por cento. Eventos com um período de (SIG). Foram produzidos planos de informação temáticos retorno de 20 anos podem gerar prejuízos iguais ou e gerados mapas de inundações e identificados pontos superiores a R$ 2,3 bilhões. Neste contexto, espera-se que críticos de inundações (Modelo de Inundação). O volume os conhecimentos gerados pelo estudo possam contribuir de área construída do estado foi processado associando-se para o aprimoramento da Estratégia de Gestão do Risco de um custo ao volume com base nos principais padrões de Desastres do Estado de Santa Catarina. Implicações para Políticas Públicas No contexto deste estudo, as informações estratégicas zoneamento territorial, evitando que padrões altamente sobre gestão de riscos de desastres podem também vulneráveis de uso sejam permitidos em áreas altamente beneficiar atividades mais complexas, como o vulneráveis à inundações. planejamento e decisões sobre investimentos, favorecendo decisões mais consistentes na área de GRD. Elas incluem: Residentes em áreas de risco podem ser educadas e sensibilizadas sobre os riscos aos quais estão expostas e Recomendações sobre futuras intervenções estruturais alertadas com antecedência sobre futuras inundações. e não-estruturais visando reduzir as perdas e danos causados por inundações. Mapas de suscetibilidade à inundações podem ser usados para coordenar a resposta a desastres das diversas Uso de mapas e estimativas probabilísticas de instituições envolvidas. inundações para direcionar futuras atividades de redução do risco de inundações. Dados sobre suscetibilidade e prejuízos podem ser usados para identificar locais com retorno máximo sobre o Os produtos concebidos podem ser usados para investimento, caso sejam implementadas estratégias de subsidiar processos decisórios, visando evitar o redução de inundações (decisões de redução do risco por assentamento de pessoas em áreas suscetíveis a meio de ações estruturais). inundações, bem como reduzir o risco de inundações em assentamentos já estabelecidos. Produtos como mapas de inundações e estimativas de prejuízos podem orientar decisões mais informadas sobre Os mapas de suscetibilidade são úteis para planejar a a gestão de reservatórios como estratégia de proteção ocupação e o uso do solo; eles também possibilitam o contra inundações. 13 Fundo Global para a Redução e Recuperação de Desastres O Fundo Global para a Redução e Recuperação de Desastres (GFDRR) é uma parceria global que ajuda os países em desenvolvimento a melhor entender e reduzir sua vulnerabilidade a perigos naturais, além de melhorar sua capacidade de adaptação às mudanças climáticas. Trabalhando com mais de 400 parceiros locais, nacionais, regionais e internacionais, o GFDRR oferece subsídios, assistência técnica, treinamento e atividades de compartilhamento de informação para que os países incorporem a gestão de riscos de desastres e climáticos em suas políticas e estratégias. Administrado pelo Banco Mundial, o GFDRR recebe apoio de 34 países e 9 organizações internacionais. ld Bank, GFDRR is supported by 34 countries and 9 international organizations. The World Bank Group O Banco Mundial é uma fonte vital de financiamento e assistência técnica para países em desenvolvimento do Inundações: Uma Questão Econômica mundo inteiro. Não somos um banco no sentido comum da palavra, mas sim uma parceria única para a redução da pobreza e apoio ao desenvolvimento. O Grupo Banco Mundial compreende cinco instituições administradas por seus países membros. Estabelecido em 1944, o Banco Mundial tem sede em Washington, D.C., e conta com mais de 10.000 funcionários e 120 escritórios pelo mundo afora. O Banco Mundial vem participando ativamente das atividades de Gestão do Risco de Desastres (GRD) do Governo do Brasil desde 2010, por meio de operações de crédito para os setores de recursos hídricos, transporte e operações urbanas, além de assistência técnica e atividades de intercâmbio de conhecimentos. 14 | www.worldbank.org SCN Quadra 2 Lote A - Ed. Corporate Financial Center, 7º Andar - 70712-900 Brasília – DF, BRASIL Tel 55 (61) 3329-1000 Fax 55 (61) 3329-1010 Aviso © 2016 O Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento / Associação Internacional para o Desenvolvimento The World Bank 1818 H Street NW Washington DC 20433 Telefone: 202-473-1000 Grupo Banco Mundial worldbank.org - O Grupo Banco Mundial oferece empréstimos, assessoria e uma gama de recursos sob medida para mais de 100 países em desenvolvimento e países em transição. Este documento foi produzido pela equipe do Banco Mundial com contribuições externas. As constatações, interpretações e conclusões expressas neste documento não necessariamente representam as posições do Banco Mundial, seus Diretores Executivos ou os governos que representam. O Banco Mundial não garante a precisão dos dados incluídos neste documento. As fronteiras, cores, denominações e outras informações apresentadas em qualquer mapa deste trabalho não implicam qualquer opinião por parte do Banco Mundial sobre a situação legal de qualquer território ou o endosso ou aceitação de tais fronteiras. Direitos e Permissões O material desta publicação é protegido por direitos autorais. Como o Banco Mundial incentiva a divulgação do seu conhecimento, esta obra pode ser reproduzida para fins não comerciais, no todo ou em parte, desde que seja concedido o devido crédito. Solicitações de informações sobre direitos e licenças, incluindo direitos subsidiários, deverão ser enviadas para World Bank Publications, The World Bank Group, 1818 H Street NW, Washington, DC 20433, USA; fax: 202-522-2625; e-mail: pubrights@worldbank.org. 15