© 2021 International Bank for Reconstruction and Development/The World Bank 1818 H Street NW, Washington, DC 20433 Telefone: 202-473-1000; Website: www.worldbank.org Alguns direitos reservados. Este trabalho foi realizado pela equipa do Banco Mundial com contribuições externas. As constatações, interpretações e conclusões expressas neste trabalho não reflectem necessariamente os pontos de vista do Banco Mundial, do seu Conselho de Administração executivo ou dos governos que representam. O Banco Mundial não garante a exactidão das informações incluídas neste trabalho. Nada neste documento constitui, ou será considerado, uma limitação ou renúncia aos privilégios e imunidades do Banco Mundial, todos os quais estão especificamente reservados. Direitos e permissões Este trabalho está abrangido pela licença internacional Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/, com o aditamento que se segue, e que é obrigatório e vinculativo: Todos e quaisquer litígios decorrentes desta Licença que não possam ser resolvidos de forma amigável serão alvo de mediação, de acordo com as Regras de Mediação da OMPI em vigor no momento da publicação deste trabalho. Se o pedido de mediação não for resolvido no prazo de quarenta e cinco (45) dias após a solicitação do mesmo, o Solicitante ou o Licenciante podem, após um aviso de arbitragem comunicado por meios razoáveis à outra parte, remeter o diferendo para uma arbitragem final e vinculativa, a realizar de acordo com as Regras de Arbitragem da UNCITRAL, em vigor nesse momento. O tribunal arbitral deverá ser constituído por um único árbitro e os procedimentos serão em língua inglesa, excepto se houver acordo em contrário. O local de arbitragem será onde o Licenciante tiver a sua sede. Os procedimentos arbitrais serão conduzidos remotamente (por exemplo, através de conferências telefónicas ou de comunicações escritas), sempre que possível, ou realizados na sede do Banco Mundial em Washington, DC. Atribuição – Ding, Elaine. 2021. "Manual de Ferramentas de diagnóstico do Guia do Professor". Coach Series, Banco Mundial, Washington, DC. Licença: Creative Commons Attribution CC BY 4.0 IGO. Traduções – Se realizar uma tradução deste trabalho, insira o seguinte aviso de renúncia, juntamente com a atribuição: Esta tradução não foi realizada pelo Banco Mundial e não deve ser considerada uma tradução oficial desta entidade. O Banco Mundial não se responsabiliza por qualquer conteúdo ou erro nesta tradução. Adaptações – Se realizar uma tradução deste trabalho, insira o seguinte aviso de isenção, juntamente com a atribuição: Esta é uma adaptação de uma obra original do Banco Mundial. As visões e opiniões expressas na adaptação são da exclusiva responsabilidade do(s) autor(es) da mesma e não são necessariamente aprovadas pelo Banco Mundial. Conteúdo de terceiros: O Banco Mundial não é necessariamente proprietário de cada componente dos conteúdos que constam neste trabalho. Consequentemente, o Banco Mundial não assegura que a utilização de qualquer componente ou parte que seja propriedade individual de terceiros, e que conste no trabalho, não viole os direitos destes terceiros. O risco das reclamações resultantes de qualquer infracção é da sua exclusiva responsabilidade. Se pretender reutilizar um componente deste trabalho, é também da sua competência determinar se é necessária autorização para essa reutilização, assim como obter a autorização do titular dos direitos de autor. Como exemplos destes componentes podemos referir, não nos limitando a, tabelas, valores ou imagens. Todas as questões sobre direitos e licenças devem ser enviadas para Coach, The World Bank Group, 1818 H Street NW, Washington, DC 20433, USA; e-mail: coach@worldbank.org. Capa e design do conteúdo: Danielle Willis, Washington, DC, EUA ii | COACH MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR AGRADECIMENTOS ....................................................................................v ABREVIATURAS .........................................................................................vi 1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................1 2. PROCEDIMENTOS PARA PONTUAÇÃO ..............................................8 3. FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO ......................................................12 ANEXO A. EXEMPLOS DO GUIA DO PROFESSOR ..............................17 ANEXO B. EXEMPLO DE AULAS PONTUADAS E FICHA DE PONTUAÇÃO DE AULA ............................................................................46 ANEXO C. LITERATURA DE APOIO ........................................................53 REFERÊNCIAS ...........................................................................................57 iii iv | COACH AGRADECIMENTOS O conjunto do material de orientação do Manual de Ferramentas de Diagnóstico do Guia do Professor foi dirigido por Elaine Ding e contou com as contribuições de Rachelle Mathurin, Ezequiel Molina, Adelle Pushparatnam e Tracy Wilichowski. A equipa recebeu orientação do Grupo de Especialistas Técnicos composto por Margaret Dubeck (Research Triangle Institute - RTI), Janeli Kotze (Ministério da Educação Básica, África do Sul), Rebeca Martinez (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional - USAID), Jessica Mejía (RTI), Ben Piper (RTI) e Yasmin Sitabkhan (RTI). Vários outros colegas participaram também com comentários, feedback e contribuições fundamentais para este material. Entre estes colegas estão Melissa Ann Adelman, Ellinore Ahlgren, Jayanti Bhatia, Michael Crawford, Laura Gregory, Julia Liberman, Diego Luna Bazaldua, Juan Manuel Moreno, Manal Quota, e Alonso Sanchez. A equipa agradece ainda à USAID no âmbito do Projecto Basa Pilipinas, ao Departamento de Educação Básica da África do Sul e ao Governo do Quénia, através do Ministério da Educação, pela sua permissão explícita por escrito para reproduzir certas partes dos seus Guias do Professor; e pelo seu compromisso com a educação de qualidade, relevante e inclusiva para os alunos. Esta versão do Manual de Ferramentas de Diagnóstico do Guia do Professor inclui recomendações de um vasto leque de perspectivas que foram fornecidas como parte de uma consulta pública internacional. Em específico, este manual actualizado (1) enquadra os guias dos professores como uma solução de curto a médio prazo para apoiar os professores em contextos em que a formação actual ainda não lhes proporciona os conhecimentos necessários para uma instrução de alta qualidade, (2) inclui uma recategorização dos critérios da lista de verificação, e (3) apresenta actualizações dos procedimentos e instruções de pontuação/avaliação. A equipa agradece à Fundação Central Square, à Fundação Gates e à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por organizarem workshops de consulta em que os especialistas de várias organizações forneceram orientação e feedback sobre este trabalho. A equipa também agradece os comentários escritos de Davone Bounpheng (Departamento Australiano dos Negócios Estrangeiros e Comércio - DFAT), Kathryn Bullard (Parceria Global de Educação - GPE), Brooke Estes (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional - USAID), Gerd Hanne Fosen (Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento - NORAD), Asyia Kazmi (Fundação Gates), Nora Klami (Ministério dos Negócios Estrangeiros da Finlândia), Rebeca Martinez (USAID), Anustup Nayak (Fundação Central Square), Ee-Reh Owo (Justice Rising), Andy Smart (NISSEM) e Ramya Vivekanandan (GPE). Este conjunto de material faz parte de uma série de produtos da Coach Team. A orientação geral para o desenvolvimento e preparação do conjunto de material foi fornecida por Omar Arias, Practice Manager da Equipa de Conhecimento e Inovação Global. O design do material é da autoria de Danielle Willis. A editora-chefe é Alicia Hetzner. Patrick Biribonwa e Medhanit Solomon prestaram apoio administrativo. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | v ABREVIATURAS AQE Educação de qualidade acelerada para crianças liberianas COVID-19 Novo Coronavírus 2019 EGRS Estudo de Leitura de Nível Inicial MoE Ministério da Educação NERDC Conselho Nigeriano de Investigação e Desenvolvimento Educacional PRIEDE Projecto de Desenvolvimento da Educação Primária (Quénia) SHRP Programa de Saúde Escolar e Leitura USAID Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional WBG Grupo Banco Mundial vi | COACH 1. INTRODUÇÃO MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 1 Visão geral A Ferramenta de Diagnóstico do Guia do Professor é um instrumento para avaliar a qualidade dos Guias do Professor1 em qualquer matéria, da 1ª à 4ª classe do ensino primário. A Ferramenta avalia os Guias do Professor com base em dois conjuntos de critérios: os Critérios do Guia, que examinam a organização geral, estrutura e nível de guionização de todo o Guia do Professor; e os Critérios da Aula, que analisam a composição do layout, estrutura e práticas pedagógicas gerais individuais de cada aula. A Ferramenta atribui uma pontuação numérica ao Guia do Professor avaliado e produzirá um conjunto de recomendações que sugere componentes específicos e priorizados para futuras revisões do Guia do Professor. A Ferramenta prioriza a articulação de um conjunto focado de critérios que possuem uma forte base de evidências e que podem ser facilmente compreendidos e identificados por alguém que não seja especialista. A Ferramenta não mede todos os aspectos associados à qualidade dos Guias do Professor. Por exemplo, não mede a adequação do uso pelo professor, o alinhamento com os padrões curriculares convencionados ou a pedagogia específica da disciplina. Ferramenta de Diagnóstico A Ferramenta de Diagnóstico foi criada para utilizadores técnicos e não técnicos. Os utilizadores potenciais incluem os Ministérios da Educação (MoE), firmas técnicas que apoiam esforços de implementação num determinado país, editoras, ONG e organizações internacionais. A Ferramenta de Diagnóstico do Guia do Professor pode ser usada para dar suporte às revisões de um conjunto pré-existente de Guias do Professor ou desenvolver um novo conjunto de Guias. Utilização no contexto da COVID-19 No contexto da pandemia da COVID-19, no regresso dos alunos à escola, pode ser necessária uma aprendizagem acelerada e/ou a reestruturação dos currículos académicos. A Ferramenta de Diagnóstico foi desenvolvida por esta equipa para atender a essas necessidades de educação acelerada. Por exemplo, a orientação sobre a duração média das aulas foi desenvolvida com atenção às necessidades de recuperação pós-COVID-19. A Ferramenta também descreve como incorporar a orientação pedagógica explícita nos Guias do Professor. Esta orientação pedagógica é particularmente importante para professores cujo desenvolvimento profissional foi interrompido devido à pandemia da COVID-19. A COVID-19 é uma oportunidade para o sector da educação melhorar e acelerar a aprendizagem após a pandemia. Os 1 Um Guia do Professor refere-se a um conjunto de planos de aulas para professores. Podem variar de um plano completamente guionizado (ou seja, o professor deve ler directamente do guia para os alunos) a outro altamente estruturado (o que significa que o guia inclui orientação geral das actividades numa aula, mas não fornece instruções guionizadas de forma literal). 2 | COACH currículos e o ensino precisarão de ser revistos e reinventados. A Ferramenta de Diagnóstico do Guia do Professor apresenta um modelo e um conjunto de recomendações claras sobre como fazê-lo. Materiais requeridos Os materiais necessários para pontuar com sucesso num conjunto de Guias do Professor são: O tempo aproximado para se familiarizar com a Ferramenta de Diagnóstico e pontuar num conjunto de 6 aulas é de 90–120 minutos. Esta Ferramenta tem três anexos: Anexo A Anexo B Anexo C Exemplos de critérios Exemplos de pontuação Literatura de Apoio Fornece exemplos de Guias Fornece uma Ferramenta de Fornece a literatura de apoio do Professor existentes de amostra e uma Ficha de e as evidências de domínio público, que pontuação que foram investigação sobre a eficácia demonstram como os preenchidas para uma aula. de cada critério dentro da critérios da Ferramenta Ferramenta de Diagnóstico podem ser cumpridos. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 3 Porquê usar um Guia do Professor? Os Guias do Professor (TG, sigla em inglês para Teacher’s Guides) com uma pedagogia bem estruturada e eficaz ajudam muito as crianças a aprender (Banco Mundial 2019). Estes guias dão mais atenção aos processos da implementação dos currículos. A implementação (Enactment) simplifica a tarefa de fornecer instrução, concentrando-se em como ensinar em vez de o que ensinar. Um Guia do Professor bem desenvolvido combina a ciência de como as crianças (alunos) aprendem com percepções sobre o que promove a adopção e a mudança de comportamento em adultos (professores). Há estudos que têm mostrado que a utilização de um Guia do Professor de alta qualidade aumenta o tempo do aluno na tarefa (Rieth e Evertson 1988); aumenta a taxa de respostas correctas dos alunos dentro do tempo de aula (Gunter, Venn e Hummel 2004); e melhora os resultados de aprendizagem dos alunos (Brunette e outros 2017; Gove e outros 2017; Piper e outros 2018). Recentemente, o Painel Consultivo de Educação Global designou os TG com planos de aulas estruturados como uma “boa aquisição”, o que significa que há boas evidências de que a intervenção pode ter “uma excelente relação custo-eficácia numa variedade de contextos” (Banco Mundial 2020). No entanto, os Guias do Professor não são uma solução permanente. Eles devem ser usados apenas para fornecer apoio adicional aos professores em contextos nos quais a formação inicial e contínua de professores ainda não oferece aos mesmos as habilidades suficientes para implementar um ensino de alta qualidade. A ambição a longo prazo dos sistemas educacionais deve ser reduzir gradualmente a utilização de Guias do Professor à medida que as habilidades do professor melhoram. Uma nota sobre os Guias do Professor “guionizados” vs. os “estruturados” Alguns Guias do Professor assumem a forma de guiões literais. Outros –– normalmente chamados de Guias do Professor “estruturados” –– descrevem um caminho estritamente prescrito para a instrução, mas não descrevem totalmente as acções. Dentro do mesmo guia, os dois formatos podem coexistir, normalmente com mais “guionização” no início do ano, o que gradualmente se vai tornando numa abordagem mais “estruturada” no final do ano. A investigação descobriu que os Guias do Professor estruturados podem melhorar os resultados de aprendizagem, mas que os guias excessivamente guionizados são menos eficazes do que os estruturados. Os guias estruturados fornecem orientação específica e descritiva, mas não foram escritos para serem promulgados palavra por palavra (Piper e outros, 2018). O Manual fará referência a Guias do Professor “estruturados” em todo o texto, para reflectir evidências de que os Guias do Professor estruturados são mais eficazes do que os totalmente “guionizados”. Como foi desenvolvida a Ferramenta de Diagnóstico? A equipa de desenvolvimento foi composta por especialistas em instrução, professores e psicólogos. A equipa realizou uma revisão da literatura para identificar as melhores práticas e os componentes eficazes dos Guias do Professor, baseando-se 4 | COACH principalmente em “Effectiveness of Teachers’ Guides in the Global South: Scripting, Learning Outcomes, and Classroom Utilization” (Piper e outros 2018). A equipa de desenvolvimento usou ainda mais a estrutura Teach do Banco Mundial como base para critérios de práticas pedagógicas que promovem a aprendizagem. Com base numa revisão da literatura e na estrutura Teach, a equipa de desenvolvimento elaborou uma Ferramenta de Diagnóstico preliminar. A Ferramenta de Diagnóstico foi testada com os Guias do Professor existentes para matemática e ensino da leitura e escrita no Quénia e no Malawi. A partir desses pilotos, ficou claro, primeiro, que deveriam ser incorporados mais critérios de layout e estrutura. Em segundo lugar, embora as práticas pedagógicas gerais fossem importantes, as considerações de apresentação e usabilidade precisavam de ser mais proeminentes na Ferramenta de Diagnóstico. Como resposta, a equipa de desenvolvimento reviu a Ferramenta para incluir mais critérios de layout e estrutura. Depois de a Ferramenta ter sido revista, a equipa de desenvolvimento procurou o conselho e o feedback de um especialista em instrução com experiência no desenvolvimento de Guias do Professor, bem como da equipa de avaliação interna do Grupo Banco Mundial (WBG). A partir desse conjunto de comentários, a equipa de desenvolvimento reviu ainda mais a Ferramenta para maior clareza e conformidade com a avaliação relevante e as considerações psicométricas. No seu estado actual, a Ferramenta representa as descobertas e o feedback dessas três fases de análises preliminares. O que mede a Ferramenta de Diagnóstico do Guia do Professor? A Ferramenta de Diagnóstico mede a facilidade de uso (ou seja, como o Guia auxilia os professores na transmissão do conteúdo) e a qualidade das práticas pedagógicas prescritas em cada aula. Para fazer isso, a Ferramenta de Diagnóstico avalia o Guia do Professor geral e analisa planos de aulas individuais específicos. Os Critérios do Guia analisam a organização geral, a estrutura e o nível de guionização de todo o Guia do Professor. Os Critérios da Aula contemplam a composição das aulas individuais. Os Critérios da Aula têm três componentes: (1) Layout da Aula (por exemplo, o Guia do Professor tem uma imagem da página correspondente no livro do aluno?); (2) Estrutura da Aula (por exemplo, há um número apropriado de actividades diferentes numa aula?); e (3) Práticas Pedagógicas Gerais (por exemplo, todas as aulas começam com um objectivo claro?). A Ferramenta de Diagnóstico também divide os critérios em Essenciais e Extra. Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. Os Critérios Extra referem-se aos critérios adicionais que dão qualidade a um Guia do Professor. Os Critérios da Aula têm secções Essenciais e Extra, enquanto todos os Critérios do Guia são Essenciais. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 5 Critérios do Guia Os critérios deste componente consideram a consistência e a qualidade das aulas através do Guia do Professor. Medem se as aulas nos Guias do Professor usam um método de ensino consistente, que cria rotinas e garante uma estrutura familiar para professores e alunos. Os critérios neste componente medem se (1) o Guia do Professor está estruturado de forma consistente no seu todo ; (2) as aulas são organizadas por unidades e/ou temas ; (3) o conteúdo é criado sequencialmente; (4) cada lição abarca um período de aula; e (5) a estrutura é mais intensa no início e diminui à medida que se aproxima do final. Critérios da Aula: Layout As aulas no Guia do Professor são apresentadas para serem fáceis de ler pelo professor enquanto ensina. O foco é examinar a visão de uma aula numa página e se ela foi criada com o utilizador e o contexto em mente. Os Critérios Essenciais no componente Layout da Aula medem se (1) novas aulas começam no topo de uma nova página; (2) a fonte é legível a um braço de distância (normalmente requer não menos do que uma fonte de 12 pontos); (3) o espaçamento entre linhas que separa actividades, parágrafos ou secções não é mais pequeno do que o tamanho da fonte; e (4) as novas actividades são etiquetadas claramente quando introduzidas. Critérios da Aula: Estrutura As aulas no Guia do Professor incluem um número apropriado de actividades dentro da duração da mesma e são estruturadas para serem acompanhadas pelos professores. Os Critérios Essenciais no componente da Estrutura da Aula medem se (1) a aula inclui no máximo 5–7 actividades a cada 30–45 minutos; (2) o plano da aula é de entre 45-90 minutos; (3) as actividades são divididas em pequenas etapas; e (4) cada aula não tem mais do que 2 páginas . Critérios da Aula: Práticas Pedagógicas Gerais As aulas nos Guias do Professor fornecem orientação e lembretes para os professores implementarem práticas pedagógicas eficazes. Para cada professor, os Guias do Professor que incorporam o apoio às estratégias pedagógicas têm grande potencial para transformar as práticas de ensino em escala. Os Critérios Essenciais no componente de Práticas Pedagógicas Gerais medem se (1) os objectivos manifestam, de forma sucinta e clara, as metas de aprendizagem para a aula; (2) as instruções da aula incluem requerer aos professores para introduzirem novos conteúdos ou demonstrarem novas habilidades; (3) a aula inclui prática em grupo com apoio do professor; (4) a aula inclui práticas independentes; (4) é dada orientação explícita aos professores sobre quando e como verificar a compreensão; (5) é fornecida orientação explícita ao professor sobre como fornecer feedback construtivo; e (6) a aula inclui perguntas abertas ou oportunidades para os alunos partilharem opiniões pessoais. 6 | COACH DIRECTRIZES DAS FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR As Directrizes mostram os diferentes critérios e componentes da Ferramenta de Diagnóstico e como se relacionam entre si (imagem 1.1). Imagem 1.1 Estrutura da Ferramenta de Diagnóstico do Guia do Professor MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 7 2. PROCEDIMENTOS PARA PONTUAÇÃO 8 | COACH Como pontuo com a Ferramenta? Visão geral da pontuação: Cada conjunto de critérios possui uma lista de verificação para pontuação. As listas de verificação de critérios constituem a Ferramenta. Primeiro, a lista de verificação do Guia do Professor será pontuada usando a lista de verificação dos Critérios do Guia encontrada no início da Ferramenta. Depois de preencher a lista de verificação dos Critérios do Guia, pontuará uma amostra de seis aulas individuais com a lista de verificação dos Critérios da Aula. Tem de preencher as secções Essencial e Extra e inseri-las na Ficha de pontuação (imagem 2.1). Um conjunto completo de pontuações inclui 1 Lista de Verificação Geral dos Critérios do Guia, 6 Listas de Verificação dos Critérios Essenciais da Aula e 6 Listas de Verificação dos Critérios da Aula Extra (1 para cada aula individual de amostra). Imagem 2.1 Três Conjuntos de Critérios para Pontuar os Guias do Professor É importante distinguir entre a Ferramenta e a Ficha de Pontuação. Tem de colocar os resultados da sua lista de verificação na Ficha de Pontuação. A Ficha de Pontuação é programada para aplicar pesos aos resultados da lista de verificação (a sua pontuação bruta) e irá convertê-los numa pontuação padrão. Esta pontuação é propositadamente de avaliação e baseia-se em evidências de implementação e investigação para fazer recomendações. As recomendações serão aplicadas com base apenas nas pontuações da secção Essencial. Apenas quando todos os Critérios Essenciais forem cumpridos é que os Critérios Extra devem ser considerados. Os Critérios Extra não são pontuados. A lista de verificação dos Critérios Extra foi criada para indicar os critérios adicionais que podem beneficiar o Guia do Professor, depois de todos os Critérios Essenciais serem totalmente cumpridos. Tenha em conta que cada componente possui uma pontuação padrão separada e que os pesos não se aplicam aos componentes. Por outras palavras, as pontuações não devem ser somadas para criar uma pontuação composta. Ao distinguir a pontuação de cada componente, a pontuação reflecte com mais precisão o que o Guia MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 9 do Professor está a fazer bem e pode dar recomendações mais claras sobre como o Guia pode ser melhorado. Como escolher Guias para rever Recomendamos que use a abordagem da amostragem sistemática para rever o Guia do Professor. A amostragem sistemática é um método no qual os planos de aulas são seleccionados com um intervalo periódico. Nesse caso, o intervalo de amostragem é calculado ao dividir o número total de planos de aulas pelo tamanho de amostra desejado de seis. Recomendamos que reveja a primeira aula também. Por exemplo, se o Guia do Professor em análise tiver 150 aulas, o intervalo de amostragem seria obtido ao dividir 150 por 6 = 25. O utilizador reveria então as aulas 1, 25, 50, 75, 100 e 125. As aulas que se destinam a revisão ou avaliação podem não cumprir os vários critérios estabelecidos porque têm um propósito diferente do ensino regular. Se, ao seleccionar aleatoriamente as aulas para avaliação, for escolhida uma aula de avaliação ou revisão, reveja a aula de instrução regular que vier imediatamente após a aula de avaliação ou revisão. Tenha em conta que podem existir diferenças sistemáticas nas aulas para diferentes dias da semana (por exemplo, “Rever as aulas sempre no quinto dia da semana”). Nesse caso, não escolha um intervalo de amostragem que mostre o mesmo tipo de aula (por exemplo, não escolha um intervalo de amostragem que seja múltiplo de cinco se houver uma aula de revisão a cada cinco dias). Instruções detalhadas para pontuação: 1 Comece por ler a Ferramenta de Diagnóstico na íntegra para se familiarizar com os critérios avaliados. 2 Comece com os Critérios do Guia. Os Critérios do Guia exigirão que tenha uma ideia geral de todo o Guia do Professor, não apenas das aulas da amostra. Apenas uma lista de verificação dos Critérios do Guia será preenchida para cada Guia do Professor. 3 Marque a caixa ao lado de cada critério para indicar se a característica relevante está presente na aula dada do Guia do Professor. Se o elemento não estiver lá, deixe a caixa em branco. Depois de concluído, passe para a amostra das aulas individuais. 4 Leia a primeira aula individual e preencha as listas de verificação de Layout, Estrutura e Práticas Pedagógicas Gerais de acordo com o que vê na aula. Consulte a aula com frequência e lembre-se de ler a explicação completa de cada critério antes de começar a atribuir pontuações. Depois de completar toda a lista de verificação para esta aula, insira os seus resultados na Ficha de Pontuação. 5 Repita os passos para os planos de aulas restantes. 10 | COACH 6 Assim que a Ficha de Pontuação for preenchida, as pontuações médias geradas aparecerão na tabela final. Também será gerada automaticamente uma cor para os Critérios Essenciais. Na Matriz de Avaliação abaixo, identifique a linha que corresponde à cor que foi gerada na folha de Excel e considere os próximos passos recomendados para revisão do Guia do Professor. Como posso interpretar as minhas pontuações? Tendo sido criada em forma de lista de verificação, a Ferramenta de Diagnóstico visa facilitar a identificação da presença ou ausência de componentes essenciais e úteis nos Guias do Professor. Esperamos que a natureza binária da Ferramenta facilite a identificação de quais são as revisões principais necessárias (representadas pelos critérios ausentes). A Matriz de Avaliação pode orientar o seu pensamento sobre a priorização e a urgência das revisões (tabela 2.1). Tabela 2.1 Matriz de Avaliação Vermelho Amarelo Verde Essenciais Os componentes Os componentes No caminho certo Critérios do Essenciais não Essenciais não com todos os Guia estão presentes. estão totalmente componentes Para a próxima presentes. Para a Essenciais. fase de revisões próxima fase de Consulte a matriz Layout da do guia de aula, revisões do guia de de pontuação Extra Aula concentre-se em aula, concentre-se e considere os concluir os em concluir os critérios adicionais componentes componentes para ajudar os Essenciais. Essenciais e em professores a Estrutura da considerar os ensinar com Aula componentes Extra eficácia. viáveis. Práticas Pedagógicas Gerais da Aula MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 11 3. FERRAMENTA DE DIAGNÓSTICO 12 | COACH PAÍS: CLASSE: CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DO GUIA 1.1 O Guia do Professor é estruturado de forma consistente. x2 Por exemplo, existe uma rotina consistente para as aulas, como começar cada dia com um objectivo, Eu Faço- Vocês Fazem - Nós Fazemos, e trabalhos para casa. Tenha em conta que a consistência na estrutura também pode aparecer ao longo das aulas, tal como se todas as aulas na Segunda, Quarta e Sexta-feira forem  estruturadas da mesma maneira. As actividades não precisam de aparecer na mesma ordem. 1.2 Tendo em conta o índice, as aulas são organizadas por unidades e/ou temas. x2 As aulas são organizadas por unidades e/ou temas: O Guia do Professor abrange todo o currículo, mas está dividido em unidades distribuídas pelas aulas. O foco das aulas tende a girar em torno de uma ideia/unidade  principal. 1.3 Cada lição abarca um período de aula. x2 O Guia do Professor está estruturado de forma que as aulas sejam diferentes todos os dias. Cada lição abarca  um período de aula apenas. 1.4 Tendo em conta a primeira, a última e uma aula no meio do ano, a guionização diminui gradualmente durante o ano. Por exemplo, as actividades no início do ano podem explicar mais detalhadamente o que os professores devem dizer para iniciar uma actividade. Por outro lado, no final, o guia é menos guionizado e diz ao professor o que  deve fazer, em vez do que deve dizer, ou permite a autonomia do professor de outras maneiras. A encadernação é fácil de usar e resistente. 1.5 Recomenda-se uma encadernação colada e cosida com linha para maior utilidade e robustez.  x2 = O componente é ponderado x2. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 13 PAÍS: CLASSE: UNIDADE: AULA: CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.1 As aulas começam no início de uma nova página. x2  2.2 A fonte é legível à distância de um braço (normalmente, não menos do que uma fonte de 12 pontos). A legibilidade também depende do tipo de letra usado. 12 pontos é normalmente o mínimo necessário para a legibilidade em fontes habitualmente usadas, incluindo Arial e Times New Roman.  2.3 O espaçamento entre as linhas não é mais pequeno do que o tamanho da fonte. Para clareza e facilidade de leitura, recomenda-se que o espaçamento entre as linhas seja, pelo menos, igual ao tamanho da fonte.  As novas actividades são etiquetadas claramente quando são introduzidas. 2.4 As novas actividades são diferenciadas umas das outras por ícones, negrito, itálico ou sublinhado.  2.5 A aula diferencia claramente entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler de forma independente para si próprio. A aula diferencia entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler de forma independente para informá-los sobre as suas acções. Por exemplo, as frases que se espera que o professor leia em voz alta para os alunos são indicadas por aspas, precedidas da palavra “Dizer” e/ou outros métodos de  demarcação. Se a aula for inteiramente de instruções para professores, sem fala incorporada, ou se for inteiramente de fala incorporada sem instruções, há que marcar este critério como presente. 2.6 Os materiais/recursos necessários para as aulas estão indicados numa lista. Os materiais e recursos necessários são indicados em cada aula. Os exemplos incluem papel, fichas, tesouras ou materiais manipuláveis necessários.  2.7 Cada aula não tem mais de 2 páginas. x2 O guia de aula para cada lição/período de aula não tem mais de 2 páginas. No caso de várias aulas por dia sobre um assunto específico (por exemplo, literacia), o tamanho desta página refere-se à duração de cada aula individual.  CRITÉRIOS DA AULA: ESTRUTURA DA AULA 2.8 A aula inclui, no máximo, 5–7 actividades a cada 30–45 minutos. Uma actividade é uma secção do tempo da aula dedicada a um tipo diferente de acção, como uma actividade de música/rima, uma actividade de visualização de palavras ou uma actividade padrão. A cada 30 a 45 minutos, são recomendadas 5 a 7 actividades para evitar a sobrecarga de informações e permitir tempo suficiente para o trabalho em grupo e a prática independente após a introdução do novo conteúdo. Por exemplo, uma actividade pode centrar- se na gramática, a próxima em vocabulário, a seguinte em fonética e a final em explicar o trabalho para casa. As  actividades que introduzem o tema principal, bem como quaisquer actividades de encerramento ou conclusão, também são contabilizadas como parte deste critério. Tenha em conta que a divisão de 1 actividade numa turma inteira, em pequeno grupo e em secções de prática individual constitui apenas 1 actividade (não 3). 2.9 As actividades têm instruções que são divididas em pequenas etapas. x2 As actividades devem ser acompanhadas de instruções claras para cada etapa. Deve haver detalhes sobre como o professor deve realizar cada actividade.  x2 = O componente é ponderado x2. 14 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.10 Os objectivos estabelecem, de forma sucinta e clara, as metas de aprendizagem da aula. Os objectivos eficazes usam palavras sucintas e verbos de acção para descrever o conhecimento ou as habilidades que se espera que os alunos adquiram ao final da aula. Os objectivos podem estar numa nota para o professor ou  serem dados ao professor para que este os comunique aos alunos. 2.11 As instruções da aula incluem requerer aos professores que introduzam novos conteúdos ou demonstrem novas habilidades. As instruções fornecem orientação aos professores sobre como introduzirem novos conteúdos ou demonstrarem  novas actividades (por exemplo, apresentação do professor ou “Eu Faço”). 2.12 A aula inclui prática em grupo com apoio do professor. O guia proporciona oportunidades para os alunos trabalharem em grupo (toda a classe incluída), para praticarem novos conteúdos ou realizarem novas actividades com o apoio do professor (por exemplo, aprendizagem orientada  ou “Nós Fazemos”). 2.13 A aula inclui prática independente. A aula dedica tempo para que os alunos apliquem o conteúdo individualmente e/ou conduzam uma actividade (por exemplo, prática independente ou “Vocês Fazem”).  2.14 É dada ao professor orientação explícita sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. x2 Existem orientações e lembretes claros no Guia do Professor sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. A orientação inclui verificações como chamar 2 a 3 alunos para partilharem o seu trabalho, pedir aos alunos que demonstrem a sua compreensão de uma nova palavra do vocabulário através de gestos ou mímica, polegar para cima/baixo da classe, bilhetes de saída ou perguntas. A orientação e os lembretes não incluem orientações  gerais, tais como “verificar e esclarecer”. O Guia tem de dizer explicitamente como e o que o professor deve fazer para verificar a compreensão. 2.15 A aula inclui perguntas abertas, oportunidades para os alunos partilharem opiniões pessoais e fornece várias maneiras de resolver um problema. x2 As perguntas abertas geralmente começam com "porquê" ou "como", mas algumas também podem começar com "o quê". Oferecer oportunidades para incentivar os alunos a formarem e a partilharem opiniões pessoais pode ser tão simples quanto usar sugestões, como "O que acha sobre o que a personagem fez na história?" "O que você teria  feito diferente?" "Por que você pensa isso?" Como alternativa, a aula demonstra várias maneiras de resolver um problema e/ou proporciona oportunidades para os alunos explicarem como resolveram um problema ou fornecerem respostas/abordagens alternativas. x2 = O componente é ponderado x2. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 15 CRITÉRIOS EXTRA Os Critérios Extra são características adicionais que dão qualidade a um Guia do Professor. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA Além das referências de página do livro, há imagens claramente visíveis das páginas do livro do aluno 3.1 incorporadas no Guia do Professor.  3.2 Há ícones, formas ou pequenos gráficos que são usados para sinalizar diferentes actividades ou acções. Um conjunto consistente de ícones, formas ou pequeno gráficos são usados ao longo das aulas para sinalizar certas acções ou actividades. Por exemplo, um pequeno ícone de uma boca indica ao professor que ele deve dizer as  palavras seguintes. CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.3 A aula inclui perguntas e/ou instruções que revêem conhecimentos ou habilidades aprendidas anteriormente e/ou que se referem à vida diária dos alunos. As aulas devem referir-se explicitamente ao conteúdo aprendido anteriormente ou terem conexões com a vida diária. Essas referências podem incluir uma secção de “recapitulação”, orientações como “Peça aos alunos que se lembrem  do som 'f' da aula anterior” ou perguntas como “Do que você se lembra...?” O conteúdo anterior também podem ser conexões explícitas com a vida diária, como "Podemos partilhar igualmente este bolo entre amigos usando fracções". 3.4 A aula apresenta as mesmas informações de maneiras diferentes. O Guia do Professor deve encorajar que existam instruções (e actividades) a serem ministradas de diferentes maneiras para estimular diferentes formas de aprendizagem (uso de movimentos, som, representações visuais, uso de uma língua local para apoiar a instrução de vocabulário). Este critério é cumprido quando a mesma informação/conteúdo é  apresentada de pelo menos duas maneiras, nem que seja só uma vez no plano da aula (por exemplo, fornecendo uma imagem ou incentivando o professor a fazer um desenho para acompanhar uma palavra do vocabulário). 3.5 A aula sugere em que pontos responder às escolhas e preferências do aluno. As escolhas/preferências podem incluir decidir que música cantar, escolher uma estratégia para resolver um problema de somar, escolher uma tarefa numa selecção de tarefas, escolher uma ordem para completar uma actividade ou escolher um espaço na sala para se sentar. As escolhas e preferências nas salas de aula exigem que  o professor forneça diferentes opções de como os alunos podem abordar a tarefa. 3.6 O plano de aula proporciona oportunidades para que os professores sejam flexíveis e respondam às realidades da sala de aula. O Guia do Professor proporciona oportunidades para que os professores repitam e adaptem a aula conforme necessário. Por exemplo, o Guia indica as áreas que os professores podem escolher para repetir a lição e/ou  ensinar de novo com base nas suas conclusões de avaliações formativas ou sumativas. Da mesma forma, o Guia pode sugerir actividades de aprendizagem ampliadas. 3.7 A aula inclui actividades ou orientação educacional que incentivam o equilíbrio de género e/ou combatem outras formas de preconceito. O Guia do Professor pode combater estereótipos através de declarações/actividades explícitas. Para o equilíbrio de género, a aula pode incluir instruções claras para fornecer oportunidades de participação igual para meninas e  meninos. Por exemplo, a aula pode dar instruções que lembrem o professor para escolher um número igual de meninas e meninos para uma actividade. 3.8 A aula usa um ícone ou outras dicas para lembrar o professor para se mover pela sala de aula. A movimentação pela sala de aula permite que o professor interaja com o maior número possível de alunos e garante que estes estejam atentos. Embora seja útil em todos os ambientes, passar de aluno para aluno é  fundamental em salas de aula muito grandes. 16 | COACH ANEXO A. EXEMPLOS DO GUIA DO PROFESSOR MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 17 Exemplos de Guias do Professor para Critérios O anexo A2 fornece amostras de Guias do Professor existentes que exemplificam cada critério na Ferramenta de Diagnóstico. Consulte o anexo A conforme necessário, mas tenha em conta que esses exemplos não são exaustivos. Pode haver várias representações de como um critério pode ser cumprido. O anexo A também inclui exemplos de práticas frequentes que não cumprem os critérios da Ferramenta. CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA 1.1 O Guia do Professor é completamente estruturado de forma consistente. x2 Por exemplo, existe uma rotina consistente para as aulas, como começar cada dia com um objectivo: Eu Faço - Vocês Fazem - Nós Fazemos, e trabalho para casa de escrita. Tenha em conta que a consistência na estrutura também pode aparecer ao longo das aulas, tal como se todas as aulas na Segunda, Quarta e Sexta- feira forem estruturadas da mesma maneira. As actividades não precisam de aparecer na mesma ordem. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ Estrutura diária consistente: No exemplo, verá que os planos de aulas dos dois dias abrangem Padrões de Linguagem, Vocabulário, Leitura em voz alta, Música/rima e Princípios Alfabéticos. Para cumprir este critério, as actividades não precisam de ser repetidas na mesma ordem. 2 O anexo A inclui traduções de planos de aulas existentes em Inglês; por isso, os materiais específicos, como letras do alfabeto, canções e vocabulário que fazem parte das aulas de fonética não são traduzidos devido tanto à natureza da fonética ser diferente entre as línguas, como à intenção de manter a coerência interna entre os planos de aulas apresentados. 18 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA Fonte: Conselho Nigeriano de Investigação e Desenvolvimento Educacional (NERDC) e Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) 2019. Nigeria Northern Education Initiative Plus: Grade 1 Teacher’s Guide. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 19 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ Estrutura semanal consistente: Como alternativa, o esboço da aula semanal fornece uma visão geral dos tipos de actividades que se repetem em determinados dias da semana. O exemplo abaixo também cumpre o critério de estrutura consistente em todo o Guia do Professor. Fonte: Departamento de Educação Básica, África do Sul. 2018. Early Grade Reading Study (EGRS) II Grade 2 Lesson Plans. 20 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA 1.2 Tendo em conta o índice, as aulas são organizadas por unidades e/ou temas. x2 As aulas são organizadas por unidades e/ou temas: O Guia do Professor abrange todo o currículo, mas está dividido em unidades distribuídas pelas aulas. O foco de cada aula tende a girar em torno de uma ideia/unidade principal. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra as diferentes unidades que compõem um ano, com uma selecção de aulas relevantes (conceito de número, números inteiros, soma e subtracção) organizadas numa subunidade (números). Fonte: Ministério da Educação, Quénia. 2018. Mathematics Teacher’s Guide Grade 1. Exemplo 2: NÃO cumpre os critérios O índice não mostra como ou se as aulas são organizadas por tema. A tabela mostra apenas uma divisão semanal. Fonte: Adaptado de um Guia do Professor existente. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 21 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA 1.3 Cada lição abarca um período de aula. x2 O Guia do Professor está estruturado para que as aulas sejam diferentes todos os dias, e cada lição abarca apenas um período de aula. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 22 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA 1.4 Tendo em conta a primeira, a última e uma aula no meio do ano, a guionização diminui gradualmente durante o ano. Por exemplo, as actividades no início do ano podem explicar mais detalhadamente o que os professores devem dizer para iniciar uma actividade. Por outro lado, no final, o guia é menos guionizado e diz ao professor o que deve fazer, em vez do que deve dizer, ou permite a autonomia do professor de outras maneiras. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como a guionização pode ir diminuindo ao longo do ano académico. Ampliação: Começo: Meio: Fim: Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 23 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DO GUIA 1.5 A encadernação é fácil de usar e resistente. Recomenda-se uma encadernação colada e cosida com linha para maior usabilidade e robustez. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ 24 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA x2 2.1 As aulas começam no início de uma nova página. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Ministério da Educação, Quénia. 2018. Mathematics Teacher’s Guide: Grade 1 MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 25 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.2 A fonte é legível à distância de um braço (normalmente, não menos do que uma fonte de 12 pontos). Embora a legibilidade também dependa da fonte usada, 12 pontos é normalmente o mínimo legível para fontes comuns, como Arial ou Times New Roman. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Departamento de Educação Básica. 2018. África do Sul, EGRS II Grade 2 Lesson Plan. 26 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.3 O espaçamento entre as linhas não é mais pequeno do que o tamanho da fonte. Para clareza e facilidade de leitura, recomenda-se que o espaçamento entre as linhas seja, pelo menos, igual ao tamanho da fonte. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. Exemplo 2: NÃO cumpre os critérios Abaixo, o espaçamento entre as palavras é mais pequeno do que o tamanho da fonte, o que dificulta a leitura do guia. Fonte: Adaptado de um Guia do Professor existente. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 27 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA Exemplo 3: NÃO cumpre os critérios Este exemplo mostra uma combinação de espaçamento de fonte em que as palavras debaixo de “Demonstrar” estão mais próximas umas das outras, assim como as da Conclusão. Fonte: Adaptado do Guia do Professor existente. 2.4 As novas actividades são etiquetadas claramente quando são introduzidas. As novas actividades são diferenciadas umas das outras por ícones, negrito, itálico ou sublinhado. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Ministério da Educação, Quénia. 2018. Mathematics Teacher’s Guide: Grade 1 28 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.5 A aula diferencia entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler de forma independente para si próprio. A aula diferencia entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler de forma independente para informar sobre as acções dos mesmos. Por exemplo, as frases que se espera que o professor leia em voz alta para os alunos são indicadas por aspas, precedidas da palavra “Dizer” e/ou outros métodos de demarcação. Se a aula for inteiramente de instruções para professores, sem fala incorporada, ou se for inteiramente de fala incorporada sem instruções, há que marcar este critério como presente. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como um Guia do Professor pode sinalizar o que deve ser falado e o que deve ser lido. O Guia do Professor diferencia isto com "Dizer" e "Perguntar." Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. AQE Teacher’s Guides: Literacy Level 1. Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra frases para o professor dizer em voz alta que não são combinadas com instruções para os professores. As instruções destinam-se exclusivamente para os professores lerem para si próprios. Como não há combinação dos dois, fica claro o que os professores devem dizer em voz alta e o que devem ler para si mesmos na aula. Fonte: USAID e Departamento de Educação das Filipinas. 2015. Basa Pilipinas: Teacher’s Guide Grade 3 English. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 29 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA Exemplo 3: Cumpre os critérios ✓ Neste exemplo, as instruções para o professor são diferenciadas em itálico daquelas que deve dizer em voz alta. Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. Exemplo 4: NÃO cumpre os critérios O exemplo mostra instruções para professores que são combinadas com perguntas dirigidas aos alunos. A “questão principal” é uma questão/objectivo que se dirige aos alunos (“Como se pode medir o comprimento?”). O resto das instruções são escritas para o professor ler silenciosamente. A última pergunta combina uma instrução para o professor com uma pergunta para os alunos (“Quantos comprimentos de lápis têm as mesas dos alunos?”). Fonte: Adaptado de um Guia do Professor existente. 30 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.6 Os materiais/recursos necessários para as aulas estão indicados numa lista. Os materiais e recursos necessários são indicados em cada aula. Os exemplos incluem papel, fichas, tesouras ou materiais manipuláveis necessários. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Centro Nacional de Desenvolvimento Curricular do Uganda. 2018. School Health and Reading Program (SHRP): Teacher’s Guides. Primary 4. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 31 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA x2 2.7 Cada aula não tem mais de 2 páginas. O guia de aula para cada lição/período de aula não tem mais de 2 páginas. No caso de várias aulas por dia sobre um assunto específico (por exemplo, literacia), o tamanho desta página refere-se à duração de cada aula individual. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 32 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: ESTRUTURA DA AULA 2.8 A aula inclui, no máximo, 5 –7 actividades a cada 30–45 minutos. Uma actividade é uma secção do tempo da aula dedicada a um tipo diferente de acção, como uma actividade de música/rima, uma actividade de visualização de palavras ou uma actividade padrão. A cada 30 a 45 minutos, são recomendadas 5 a 7 actividades para evitar a sobrecarga de informações e permitir tempo suficiente para o trabalho em grupo e a prática independente após a introdução do novo conteúdo. Por exemplo, uma actividade pode centrar-se na gramática, a próxima em vocabulário, a seguinte em fonética e a final em explicar o trabalho de casa. As actividades que introduzem o tema principal, bem como quaisquer actividades de encerramento ou conclusão, também são contabilizadas como parte deste critério. Tenha em conta que a divisão de 1 actividade numa turma inteira, em pequeno grupo e em secções de prática individual constitui apenas 1 actividade (não 3). Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Fonte: NERDC e USAID. 2019. Nigeria Northern Education Initiative Plus: Grade 3 Teacher’s Guide. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 33 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: ESTRUTURA DA AULA x2 2.9 As actividades possuem instruções que são divididas em pequenas etapas. As actividades devem ser acompanhadas de instruções claras para cada etapa. O guia deve incluir detalhes sobre como o professor deve realizar cada actividade. Tanto os Guias do Professor totalmente guionizados com os que não o são ou são menos estruturados podem cumprir esse critério. Exemplo 1 (guia totalmente guionizado): Cumpre os critérios ✓ Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. Exemplo 2 (guia menos guionizado/estruturado): Cumpre os critérios ✓ No exemplo, a actividade está dividida em “desenhar” e “demonstrar”. Fonte: Ministério da Educação, Quénia. 2018. Mathematics Teacher’s Guide: Grade 2 34 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.10 Os objectivos estabelecem, de forma sucinta e clara, as metas de aprendizagem da lição. Os objectivos eficazes usam palavras sucintas e verbos de acção para descreverem o conhecimento ou as habilidades que se espera que os alunos adquiram no final da lição. Os objectivos podem estar numa nota para o professor ou serem dados ao professor para que este os comunique aos alunos. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra o objectivo incluído numa nota para o professor: Fonte: NERDC e USAID. 2019. Nigeria Northern Education Initiative Plus: Grade 3 Teacher’s Guide. Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ O exemplo ilustra um objectivo fornecido ao professor para que este o diga aos alunos: Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. Accelerated Quality Education for Liberian Children (AQE) Teacher Guides: Literacy Level 1. 2.11 As instruções da aula incluem requerer aos professores que introduzam novos conteúdos ou demonstrem novas habilidades. As instruções fornecem orientação aos professores sobre como introduzirem novos conteúdos ou demonstrarem novas actividades (por exemplo, apresentação do professor e do “Eu Faço”). Exemplo: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como o professor deve apresentar a nova actividade. O professor diz: “Primeiro, direi uma palavra…A palavra é 'met'. Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 35 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.12 A aula inclui prática em grupo com o apoio do professor. O guia oferece oportunidades para todos os alunos da classe praticarem novos conteúdos ou realizarem novas actividades com o apoio do professor (por exemplo, “Nós Fazemos”). Exemplo: Cumpre os critérios ✓ No exemplo, o professor realiza a prática guiada com os alunos. O professor diz: “Vamos fazer isso juntos. A palavra é ‘met.’” Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 2.13 A aula inclui prática independente. A aula dedica tempo para que os alunos apliquem o conteúdo individualmente e/ou conduzam uma actividade (por exemplo, prática independente ou “Vocês Fazem”). Exemplo: Cumpre os critérios ✓ Neste exemplo, o professor atribui sons individuais para os alunos completarem independentemente. O professor diz “... Vão dizer todos os sons”. Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 36 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.14 É dada ao professor orientação explícita sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. x2 Existem orientações e lembretes claros no Guia do Professor sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. As verificações incluem acções como chamar 2 a 3 alunos para partilharem o seu trabalho, pedir aos alunos que demonstrem a sua compreensão de uma nova palavra do vocabulário através de gestos ou mímica, polegar para cima/baixo da classe, fichas de resultados ou questionários. A orientação geral não inclui “verificar e esclarecer”. O Guia tem de dizer explicitamente como e o que o professor deve fazer para verificar a compreensão. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ No exemplo, um professor mostra os cartões e pede aos alunos que digam o nome dos itens nas imagens. O professor está a verificar a compreensão individual de cada aluno da turma, mesmo que a actividade seja para toda a turma. Fonte: NERDC e USAID. 2019. Nigeria Northern Education Initiative Plus: Grade 3 Teacher’s Guide. Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ Por outro lado, os professores podem fazer perguntas directamente a cada aluno para avaliar a sua compreensão. Tenha em conta que, para cumprir o critério, o Guia do Professor precisa de indicar que o professor é incentivado a perguntar a mais de um aluno. No exemplo, o guia afirma explicitamente: “Mova-se pela classe entre alunos e alunas diferentes”. Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. AQE Teacher’s Guides: Literacy Level 1. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 37 CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS Exemplo 3: Cumpre os critérios ✓ A verificação da compreensão também pode ocorrer através da avaliação formativa (contínua), como no exemplo. Fonte: USAID e Departamento de Educação das Filipinas. 2015. Basa Pilipinas: Teacher’s Guide Grade 3 English. 2.15 A aula inclui perguntas abertas, oportunidades para os alunos partilharem opiniões pessoais e fornece várias maneiras de resolver um problema. x2 As perguntas abertas geralmente começam com "porquê" ou "como", mas algumas podem começar com "o quê". Oferecer oportunidades para incentivar os alunos a formarem e partilharem opiniões pessoais pode ser tão simples quanto usar direccionamentos. Alguns direccionamentos relevantes podem ser: “O que acha sobre o que a personagem fez na história?” "O que você teria feito diferente? Porque é que você pensa isso?" Como alternativa, a aula demonstra várias maneiras de resolver um problema e/ou proporciona oportunidades para os alunos explicarem como resolveram um problema ou fornecerem respostas/abordagens alternativas. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como um Guia do Professor pode encorajar perguntas abertas entre os alunos. Aqui, pede-se aos alunos que façam previsões sobre o que acham que acontecerá na história. Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 38 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ As perguntas abertas também podem ser feitas em trabalhos independentes. No exemplo, a sugestão para os alunos é escrever um conselho sobre como manter a sua própria zona de residência limpa ou como evitar que adoeçam. Fonte: USAID e Departamento de Educação das Filipinas. 2015. Basa Pilipinas: Teacher’s Guide Grade 3 English. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 39 CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 3.1 Além das referências da página do livro do aluno, há imagens claramente visíveis das páginas do livro do aluno incorporadas no Guia do Professor. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ No exemplo, a página do livro do aluno correspondente está incorporada no lado direito da aula. Fonte: Ministério da Educação, Quénia. 2018. Mathematics Teacher’s Guide: Grade 2 3.2 Há ícones, formas ou pequenos gráficos que são usados para sinalizar diferentes actividades ou acções. É usado um conjunto consistente de ícones, formas ou pequenos gráficos ao longo das aulas para sinalizar acções ou actividades específicas. Por exemplo, um pequeno ícone de uma boca sinaliza aos professores que eles devem dizer as palavras seguintes. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ No exemplo, os ícones são usados de forma consistente em todo o Guia para se referirem às actividades "Eu Faço", "Nós Fazemos" e "Vocês Fazem": Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 40 | COACH CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.3 A aula inclui perguntas e/ou instruções que revêem conhecimentos ou habilidades aprendidas anteriormente e/ou que se referem à vida diária dos alunos. As aulas devem referir-se explicitamente ao conteúdo aprendido anteriormente ou terem conexões com a vida diária. Essas referências podem incluir uma secçã o de “recapitulação”, orientações como “Peça aos alunos que se lembrem do som 'f' da aula anterior” ou perguntas como “Do que você se lembra...?” O conteúdo anterior também podem ser conexões explícitas com a vida diária, como "Podemos partilhar igualmente este bolo entre amigos usando fracções". Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ Este exemplo mostra como um Guia pode incluir perguntas/sugestões que revêm o conhecimento anterior aprendido e que se referem ao dia a dia dos alunos. Faz perguntas como "O que você aprendeu esta semana?" e “O que você aprendeu nas aulas que pode aplicar fora da escola?” Apenas um dos dois (revisão de conhecimento prévio ou referências à vida diária) tem de estar presente para cumprir este critério. Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. AQE Teacher’s Guides: Literacy Level 1. Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ Este é outro exemplo de como um Guia pode fazer com que os alunos sintam conexões com as suas vidas diárias. Aqui, o guião é para o professor: “Isso lembra-me de quando… Isso faz-me sentir…" Fonte: Departamento de Educação Básica, África do Sul. 2018. EGRS II Grade 2 Lesson Plans. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 41 CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.4 A aula apresenta as mesmas informações de maneiras diferentes. O Guia do Professor deve encorajar a que existam instruções (e actividades) a serem ministradas de diferentes maneiras para estimular diferentes formas de aprendizagem (uso de movimentos, som, representações visuais, uso de uma língua local para apoiar a instrução de vocabulário). Este critério é cumprido quando a mesma informação/conteúdo é apresentada de pelo menos duas maneiras, nem que seja só uma vez no plano da aula (por exemplo, fornecendo uma imagem ou incentivando o professor a fazer um desenho para acompanhar uma palavra do vocabulário). Exemplo 1: Satisfaz os critérios ✓ O exemplo ilustra como um Guia do Professor pode levar os professores a acompanharem o ensino de vocabulário com uma imagem (em baixo da caixa em “Ponte”). Fonte: USAID e Departamento de Educação das Filipinas. 2015. Basa Pilipinas: Teacher’s Guide Grade 3 English. Exemplo 2: Satisfaz os critérios ✓ O mesmo Guia também orienta o professor para acompanhar novas palavras do vocabulário com imagens do Livro do Aluno. Fonte: USAID e NERDC. 2019. Nigeria Northern Education Initiative Plus: Grade 2 Teacher’s Guide. 42 | COACH CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS Exemplo 3: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como o Guia do Professor indica explicitamente as acções que devem acompanhar uma canção. Tenha em conta que um Guia que diz: "Sing itsy bitsy spider", e que não indica explicitamente que o professor tem de acompanhar a música com acções não cumpre este critério em vários meios de representação. Fonte: Departamento de Educação Básica, África do Sul. 2018. EGRS II Grade 2 Lesson Plans. 3.5 A aula sugere em que pontos responder às escolhas e preferências do aluno. As escolhas/preferências podem incluir decidir que música cantar, escolher uma estratégia para resolver um problema de somar, escolher uma tarefa numa selecção de tarefas, escolher uma ordem para completar uma actividade ou escolher um espaço na sala para sentar. As escolhas e preferências em salas de aula exigem que o professor forneça diferentes opções de como os alunos podem abordar a tarefa. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como os alunos têm a opção de escrever um parágrafo descritivo sobre qualquer coisa que escolham. Fonte: USAID e Departamento de Educação das Filipinas. 2015. Basa Pilipinas: Teacher’s Guide Grade 3 English. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 43 CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.6 O plano da aula proporciona oportunidades para que os professores sejam flexíveis e respondam às realidades da sala de aula. O Guia do Professor proporciona oportunidades para que os professores repitam e adaptem a aula conforme necessário. Por exemplo, o Guia do Professor indica as áreas que os professores podem escolher para repetir a lição e/ou ensinar de novo com base nas suas conclusões de avaliações formativas ou sumativas. Da mesma forma, um Guia pode incluir sugestões de actividades de aprendizagem ampliadas. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ O exemplo mostra como o professor é direccionado a refazer a pergunta se mais da metade da turma não souber responder à mesma correctamente. Fonte: Departamento de Educação, Quénia. 2016. Tusome Early Grade Reading Activity: Grade 1 English Teacher’s Guide. 3.7 A aula inclui actividades ou orientação educacional que incentivam o equilíbrio de género e/ou combatem outras formas de preconceito. O Guia do Professor pode combater estereótipos através de declarações/actividades explícitas. Para o equilíbrio de género, a aula pode incluir instruções claras para fornecer oportunidades de participação igual para meninas e meninos. Por exemplo, a aula pode dar instruções que lembrem o professor para escolher um número igual de meninas e meninos para uma actividade. Exemplo 1: Cumpre os critérios ✓ Este é um exemplo de como um Guia pode combater estereótipos através de afirmações explícitas como "a jogadora fez a equipa ganhar ... os meninos aprenderam que as meninas também podem ser boas no futebol". Fonte: Centro Nacional de Desenvolvimento Curricular do Uganda (2018). . SHRP: Teacher’s Guides. Primary 4 44 | COACH CRITÉRIOS EXTRA CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS Exemplo 2: Cumpre os critérios ✓ Outra maneira pela qual esse critério pode ser cumprido é com um direccionamento para uma representação igual. A aula abaixo indica ao professor para chamar voluntários, alternando meninos e meninas. Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. AQE Teacher Guides: Literacy Level 1. 3.8 A aula usa um ícone ou outras dicas para lembrar o professor para se mover pela sala de aula. A movimentação pela sala de aula permite que o professor interaja com o maior número possível de alunos e garante que estejam atentos. Embora seja útil em todos os ambientes, o movimento pela sala de aula é fundamental em salas de aula muito grandes. Exemplo: Cumpre os critérios ✓ O Guia indica aos professores que se movimentem pela sala de aula. Fonte: USAID e Ministério da Educação da Libéria. 2019. AQE Teacher Guides: Literacy Level 1. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 45 ANEXO B. EXEMPLO DE AULAS PONTUADAS E FICHA DE PONTUAÇÃO DE AULA 46 | COACH Exemplo de lista de verificação dos Critérios da Aula preenchida e Ficha de Pontuação Aula individual (Unidade 14, Aula 5) no Guia do Professor * *Tenha em conta que apenas os Critérios da Aula são preenchidos abaixo, pois os Critérios do Guia envolvem a revisão do Guia do Professor na sua totalidade. Para exemplos sobre os Critérios do Guia, consulte o Anexo I. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 47 48 | COACH PAÍS: CLASSE: UNIDADE: AULA: CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.1 As aulas começam no início de uma nova página. x2  2.2 A fonte é legível à distância de um braço (normalmente, não menos do que uma fonte de 12 pontos). A legibilidade também depende do tipo de letra usado. 12 pontos é normalmente o mínimo necessário para a legibilidade em fontes habitualmente usadas, incluindo Arial e Times New Roman.  2.3 O espaçamento entre as linhas não é mais pequeno do que o tamanho da fonte. Para clareza e facilidade de leitura, recomenda-se que o espaçamento entre as linhas seja, pelo menos, igual ao tamanho da fonte.  As novas actividades são etiquetadas claramente quando são introduzidas. 2.4 As novas actividades são diferenciadas umas das outras por ícones, negrito, itálico ou sublinhado.  2.5 A aula diferencia entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler para si próprio. A aula diferencia entre o que o professor deve dizer em voz alta aos alunos e o que o professor deve ler de forma independente para informá-los sobre as suas acções. Por exemplo, as frases que se espera que o professor leia em voz alta para os alunos são indicadas por aspas, precedidas da palavra “Dizer” e/ou outros métodos de demarcação.  Se a aula for inteiramente de instruções para professores, sem fala incorporada, ou se for inteiramente de fala incorporada sem instruções, há que marcar este critério como presente. 2.6 Os materiais/recursos necessários para as aulas estão indicados numa lista. Os materiais e recursos necessários são indicados em cada aula. Os exemplos incluem papel, fichas, tesouras ou materiais manipuláveis necessários.  2.7 Cada aula não tem mais de 2 páginas. x2 O guia de aula para cada lição/período de aula não tem mais de 2 páginas. No caso de várias aulas por dia sobre um assunto específico (por exemplo, literacia), o tamanho desta página refere-se à duração de cada aula individual.  CRITÉRIOS DA AULA: ESTRUTURA DA AULA 2.8 A aula inclui, no máximo, 5–7 actividades a cada 30–45 minutos. Uma actividade é uma secção do tempo da aula dedicada a um tipo diferente de acção, como uma actividade de música/rima, uma actividade de visualização de palavras ou uma actividade padrão. A cada 30 a 45 minutos, são recomendadas 5 a 7 actividades para evitar a sobrecarga de informações e permitir tempo suficiente para o trabalho em grupo e a prática independente após a introdução do novo conteúdo. Por exemplo, uma actividade pode centrar- se na gramática, a próxima em vocabulário, a seguinte em fonética e a final em explicar o trabalho de casa. As  actividades que introduzem o tema principal, bem como quaisquer actividades de encerramento ou conclusão, também são contabilizadas como parte deste critério. Tenha em conta que a divisão de 1 actividade numa turma inteira, em pequeno grupo e em secções de prática individual constitui apenas 1 actividade (não 3). 2.9 As actividades têm instruções que são divididas em pequenas etapas. x2 As actividades devem ser acompanhadas de instruções claras para cada etapa. Deve haver detalhes sobre como o professor deve realizar cada actividade.  x2 = O componente é ponderado x2. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 49 CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.10 Os objectivos estabelecem, de forma sucinta e clara, as metas de aprendizagem da aula. Os objectivos eficazes usam palavras sucintas e verbos de acção para descreverem o conhecimento ou as habilidades que se espera que os alunos adquiram no final da lição. Os objectivos podem estar numa nota para o  professor ou serem dados ao professor para que este os comunique aos alunos. 2.11 As instruções da aula incluem requerer aos professores que introduzam novos conteúdos ou demonstrem novas habilidades. As instruções fornecem orientação aos professores sobre como introduzirem novos conteúdos ou demonstrarem  novas actividades (por exemplo, apresentação do professor ou do “Eu Faço”). 2.12 A aula inclui prática em grupo com apoio do professor. O guia proporciona oportunidades para os alunos trabalharem em grupo (toda a classe incluída), para praticarem novos conteúdos ou realizarem novas actividades com o apoio do professor (por exemplo, aprendizagem orientada  ou “Nós Fazemos”). 2.13 A aula inclui prática independente. A aula dedica tempo para que os alunos apliquem o conteúdo individualmente e/ou conduzam uma actividade (por  exemplo, prática independente ou “Vocês fazem”). 2.14 É dada ao professor orientação explícita sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. x2 Existem orientações e lembretes claros no Guia do Professor sobre quando e como verificar a compreensão do aluno. A orientação inclui verificações como chamar 2 a 3 alunos para partilharem o seu trabalho, pedir aos alunos que demonstrem a sua compreensão de uma nova palavra do vocabulário através de gestos ou mímica, polegar  para cima/baixo da classe, fichas de resultados ou questionários. A orientação e os lembretes não incluem orientações gerais, tais como “verificar e esclarecer”. O Guia tem de dizer explicitamente como e o que o professor deve fazer para verificar a compreensão. 2.15 A aula inclui perguntas abertas, oportunidades para os alunos partilharem opiniões pessoais e fornece várias maneiras de resolver um problema. x2 As perguntas abertas geralmente começam com "porquê" ou "como", mas algumas também podem começar com "o quê". Oferecer oportunidades para incentivar os alunos a formar e a partilharem opiniões pessoais pode ser tão simples quanto usar sugestões, como "O que acha sobre o que o personagem fez na história?", "O que você teria  feito diferente?", "Porque é que você pensa isso?". Como alternativa, a aula demonstra várias maneiras de resolver um problema e/ou proporciona oportunidades para os alunos explicarem como resolveram um problema ou fornecerem respostas/abordagens alternativas. x2 = O componente é ponderado x2. 50 | COACH CRITÉRIOS EXTRA Os Critérios Extra são características adicionais que dão qualidade a um Guia do Professor. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA Além das referências de página do livro, há imagens claramente visíveis das páginas do livro do aluno 3.1 incorporadas no Guia do Professor.  3.2 Há ícones, formas ou pequenos gráficos que são usados para sinalizar diferentes actividades ou acções. Um conjunto consistente de ícones, formas ou pequeno gráficos são usados ao longo das aulas para sinalizar certas acções ou actividades. Por exemplo, um pequeno ícone de uma boca indica ao professor que ele deve dizer as  palavras seguintes. CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.3 A aula inclui perguntas e/ou instruções que revêem conhecimentos ou habilidades aprendidas anteriormente e/ou que se referem à vida diária dos alunos. As aulas devem referir-se explicitamente ao conteúdo aprendido anteriormente ou terem conexões com a vida diária. Essas referências podem incluir uma secção de “recapitulação”, orientações como “Peça aos alunos que se lembrem  do som 'f' da aula anterior” ou perguntas como “Do que você se lembra...?” O conteúdo anterior também podem ser conexões explícitas com a vida diária, como "Podemos partilhar igualmente este bolo entre amigos com fracções". 3.4 A aula apresenta as mesmas informações de maneiras diferentes. O Guia do Professor deve encorajar que existam instruções (e actividades) a serem ministradas de diferentes maneiras para estimular diferentes formas de aprendizagem (uso de movimentos, som, representações visuais, uso de uma língua local para apoiar a instrução de vocabulário). Este critério é cumprido quando a mesma informação/conteúdo é  apresentada de pelo menos duas maneiras, nem que seja só uma vez no plano da aula (por exemplo, fornecendo uma imagem ou incentivando o professor a fazer um desenho para acompanhar uma palavra do vocabulário). 3.5 A aula sugere em que pontos responder às escolhas e preferências do aluno. As escolhas/preferências podem incluir decidir que música cantar, escolher uma estratégia para resolver um problema de somar, escolher uma tarefa numa selecção de tarefas, escolher uma ordem para completar uma actividade ou escolher um espaço na sala para se sentar. As escolhas e preferências nas salas de aula exigem que  o professor forneça diferentes opções de como os alunos podem abordar a tarefa. 3.6 O plano da aula proporciona oportunidades para que os professores sejam flexíveis e respondam às realidades da sala de aula. O Guia do Professor proporciona oportunidades para que os professores repitam e adaptem a aula conforme necessário. Por exemplo, o Guia indica as áreas que os professores podem escolher para repetir a lição e/ou  ensinar de novo com base nas suas conclusões de avaliações formativas ou sumativas. Da mesma forma, o Guia pode sugerir actividades de aprendizagem ampliadas. 3.7 A aula inclui actividades ou orientação educacional que incentivam o equilíbrio de género e/ou combatem outras formas de preconceito. O Guia do Professor pode combater estereótipos através de declarações/actividades explícitas. Para o equilíbrio de género, a aula pode incluir instruções claras para fornecer oportunidades de participação igual para meninas e  meninos. Por exemplo, a aula pode dar instruções que lembrem o professor para escolher um número igual de meninas e meninos para uma actividade. 3.8 A aula usa um ícone ou outras dicas para lembrar o professor para se mover pela sala de aula. A movimentação pela sala de aula permite que o professor interaja com o maior número possível de alunos e garante que estejam atentos. Embora seja útil em todos os ambientes, passar de aluno para aluno é fundamental em  salas de aula muito grandes. MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 51 Exemplo de Ficha de Pontuação dos Critérios da Aula (Unidade 14, Aula 5) 52 | COACH ANEXO C. LITERATURA DE APOIO MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 53 CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DO GUIA 1.1 O Guia do Professor é estruturado de forma consistente e completa. Piper e outros 2018; Gunter, Venn, e Hummel 2004; Rosenshine 2010; Rosenshine 2012 1.2 Tendo em conta o índice, as aulas são organizadas por unidades e/ou Rosenshine 2010; Rosenshine 2012 temas. 1.3 Cada lição abarca um período de aula. Piper e outros 2018 1.4 Tendo em conta a primeira, a última e uma aula no meio do ano, a Piper e outros 2018 guionização diminui gradualmente durante o ano. 1.5 A encadernação é fácil de usar e resistente. Piper e outros 2018 CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 2.1 As aulas começam no início de uma nova página. Piper e outros 2018 2.2 A fonte é legível à distância de um braço (normalmente, não menos do que 12 Piper e outros 2018 pontos). 2.3 O espaçamento entre as linhas não é mais pequeno que o tamanho da fonte. Piper e outros 2018 2.4 As novas actividades são etiquetadas claramente quando são introduzidas. Piper e outros 2018 2.5 A aula deixa claro o que os professores devem dizer em voz alta e o que os Experiência de implementação professores devem ler para si próprios. 2.6 Os materiais/recursos necessários para as aulas estão indicados numa lista. Gunter, Venn, e Hummel 2004; Rosenshine 2010; Rosenshine 2012; Piper e outros 2018 2.7 Cada aula não tem mais de 2 páginas. Piper e outros 2018 54 | COACH CRITÉRIOS ESSENCIAIS Os Critérios Essenciais são as características exigidas para um Guia do Professor minimamente eficaz. CRITÉRIOS DA AULA: ESTRUTURA DA AULA 2.8 A aula inclui, no máximo, 5–7 actividades a cada 30–45 minutos. Piper e outros 2018 2.9 As actividades têm instruções que são divididas em pequenas etapas. Rosenshine 2010; Rosenshine 2012 CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 2.10 Os objectivos estabelecem as metas de aprendizagem para a aula de forma Piper e outros 2018; Brophy 1999 sucinta e clara. 2.11 As instruções da aula incluem requerer aos professores que introduzam Gunter, Venn, e Hummel 2004; Piper e novos conteúdos ou demonstrem novas habilidades. outros 2018; Rosenshine 2012; Rosenshine 1995 2.12 A aula inclui prática em grupo com apoio do professor. Gunter, Venn, e Hummel 2004; Piper e outros 2018; Rosenshine 2012; Rosenshine 1995 2.13 A aula inclui prática independente. Gunter, Venn, e Hummel 2004; Piper e outros 2018; Rosenshine 2012; Rosenshine 1995 2.14 A aula dá orientação explícita ao professor sobre quando e como verificar a Good e Grouws 1977; Piper e outros compreensão do aluno. 2018; Rosenshine 2012 2.15 A aula fornece perguntas abertas, oportunidades para os alunos partilharem Azigwe e outros 2016; Tyler e outros opiniões pessoais e várias maneiras de resolver um problema. 2010 MANUAL DE FERRAMENTAS DE DIAGNÓSTICO DO GUIA DO PROFESSOR | 55 CRITÉRIOS EXTRA Os Critérios Extra são características adicionais que dão qualidade a um Guia do Professor. CRITÉRIOS DA AULA: LAYOUT DA AULA 3.1 Além das referências da página do livro do aluno, há imagens claramente Piper e outros 2018 visíveis das páginas do livro do aluno incorporadas no Guia do Professor. 3.2 Há ícones, formas ou pequenos gráficos que são usados para sinalizar Piper e outros 2018 diferentes actividades ou acções. CRITÉRIOS DA AULA: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GERAIS 3.3 A aula inclui perguntas e/ou instruções que revêem conhecimentos ou Brophy 1999; Gunter, Venn, e Hummel habilidades aprendidas anteriormente e/ou que se referem à vida diária dos 2004; Rosenshine 2010; Rosenshine alunos. 2012 3.4 A aula apresenta as mesmas informações de maneiras diferentes. Piper e outros 2018; Good e Grouws 1977; Lemov 2010; Evertson e outros 1980 3.5 A aula sugere em que pontos responder às escolhas e preferências do aluno. Evans e Boucher 2015; Reeve 2006; Reeve 2009 3.6 O plano da aula proporciona oportunidades para que os professores sejam Experiência de implementação flexíveis e respondam às realidades da sala de aula. 3.7 A aula inclui actividades ou orientação educacional que incentivam o Pittinsky, 2016; Pittinsky e Montoya, equilíbrio de género e/ou combatem outras formas de preconceito. 2016 3.8 A aula usa um ícone ou outras dicas para lembrar o professor de se mover Rosenshine 2010; Rosenshine 2012 pela sala de aula. 56 | COACH REFERÊNCIAS Azigwe, J.B., L. Kyriakides, A. Panayiotou, e B.P.M. Creemers . 2016. “The Impact of Effective Teaching Characteristics in Promoting Student Achievement in Ghana.” International Journal of Educational Development 51 (Novembro): 51–61. https://doi.org/10.1016/j.ijedudev.2016.07.004. 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