Page 1 PAULO DE MELLO SCHWENCK JR ENGENHEIRO AGRÔNOMO – CREA 85.608/D PERÍCIAS E CONSULTORIA AMBIENTAL E1127 AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO Projeto Rio Rural GEF DE gerenciamento integrado de agroecossistemas EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS DO NORTE- NOROESTE FLUMINENSE Eng. Agr. Paulo Schwenck Jr 2004 Page 2 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 2 ÍNDICE ANALÍTICO LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ..................................................................................................3 1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................4 2. DESCRIÇÃO DO PROJETO...................................................................................................................5 2.1. C ARACTERIZAÇÃO A MBIENTAL S UCINTA DA Á REA DO P ROJETO ...................................................5 2.2. C OMPONENTES E R ESULTADOS DO P ROJETO ...................................................................................8 2.4. M ARCO LEGAL AMBIENTAL RELEVANTE PARA O PROJETO ............................................................13 3.1. I MPACTOS POTENCIAIS A SSOCIADOS ÀS ATIVIDADES DO SUB - COMPONENTE 2.1..........................17 Recuperação de áreas degradadas / Recomposição da cobertura vegetal.......................................17 Recomposição da fertilidade do solo ..............................................................................................18 Recomposição de matas ciliares......................................................................................................19 4. PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL ...................................................................................................20 4.1. P ROCEDIMENTOS DE AVAL IAÇÃO AMBIENTAL INCORPORADOS AO PROCESSO DE APROVAÇÃO DOS SUBPROJETOS A SEREM FINANCIADOS PELO C OMPONENTE 2 ( SUB - COMPONENTE 2.1.) ...............20 4.1.1. Pré-seleção de propostas do projetos ....................................................................................20 4.1.2. Procedimentos de Avaliação Ambiental...............................................................................21 4.1.3. Procedimentos e etapas de avaliação para as Categorias II e III...........................................21 4.1.4. Ações decorrentes da identificação dos impactos.................................................................23 4.1.6. Capacitação...........................................................................................................................25 ANEXOS Anexo 1- Marco legal ambiental Anexo 2 - Quadro resumo dos impactos, indicadores e formas de controle e mitigação e de impactos Anexo 3 - Projetos e Enquadramento nas Categorias Anexo 4 – Lista de checagem Anexo 5 – Relação das plantas invasoras do Estado do Rio de Janeiro Page 3 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 3 Lista de Siglas e Abreviaturas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas APP Área de Preservação Permanente BM Banco Mundial CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente EIA Estudo de Impacto Ambiental EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural FEEMA Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente FRUTIFICAR Programa Estadual para a Produção e Diversificação de Frutas GEF Global Environment Facility (Fundo Mundial para o Meio Ambiente) IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente CI - Brasil Conservation International do Brasil IEF Instituto Estadual de Florestas IPN Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Ambientais / Pró-Natura MIE Manejo Integrado de Ecossistemas MP Medida Provisória MSRN Manejo Sustentável dos Recursos Naturais ONG Organização Não Governamental PED Parque Estadual do Desengano PEM Plano Executivo da Microbacia PRONAF Programa Nacional de Agricultura Familiar RIO RURAL Programa Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas RN Recursos Naturais SEMADUR Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano SEP Secretaria Executiva do Projeto SEAAPI Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento Interior SMH Superintendência de Microbacias Hidrográficas Page 4 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 4 1. Int rodução O Projeto de Gerenciamento Integrado de Agro-Ecossistemas em Microbacias do Norte- Noroeste Fluminense (Projeto Rio Rural GEF), ora em avaliação, tem como premissa básica o desenvolvimento de estratégias e mecanismos que complementem as ações de três programas governamentais em andamento, (Programa Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas - RIO RURAL, Programa Nacional de Agricultura Familiar - PRONAF e o Programa Estadual para a Produção e Diversificação de Frutas – FRUTIFICAR) no sentido de introduzir uma abordagem mais ampla e consistente no que diz respeito à gestão dos recursos naturais e na sustentabilidade dos ecossistemas. Os recursos do Fundo Mundial do Meio Ambiente (GEF) servirão para apoiar o levantamento de informações técnicas e gerenciais, experimentação, assistência técnica para produção, organização das comunidades, aquisição de insumos e bens/equipamentos, pequenas obras, monitoramento e avaliação ambiental. Como o projeto ainda não avançou para a fase de detalhamento das ações relativas a investimentos agro-ecológicos produtivos e de recuperação de áreas degradadas (que surgirão por demanda de beneficiários, com base no planejamento ambiental participativo), a presente avaliação abordará as grandes linhas de ação pretendidas, estimando os possíveis impactos, positivos e negativos, e propondo ações mitigadoras e formas de monitoramento. Para subsidiar a elaboração deste relatório foram programadas visitas de campo na semana de 17 a 22 de novembro de 2003, incluindo visita a 4 dentre as 5 sub-bacias elencadas no projeto (Rio Imbé, do Rio Doce/Quitingute, do Rio Guaxindiba e do Rio Muriaé). Nestas sub-bacias foram percorridos mais de 1.300 km em estradas vicinais. O relato das visitas é apresentado no Anexo do relatório detalhado desta Avaliação Ambiental (disponível nos arquivos da Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento, Pesca e Desenvolvimento Interior - SEAAPI). Cumpre ressaltar que, de acordo com a legislação Ambiental vigente no país (federal e estadual), o presente Projeto Rio Rural GEF, por suas características, não requer a elaboração de EIA. No entanto, para garantir que a legislação ambiental seja cumprida e prevenir eventuais impactos negativos ao meio ambiente, além de atender às políticas salvaguardas do Banco Mundial (que o classificou como Categoria B do Banco Mundial, que não requer EIA mas somente o Plano de Gestão Ambiental), considerou-se necessário e prudente realizar esta avaliação ambiental do projeto, que inclui uma análise dos possíveis impactos e o Plano de Page 5 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 5 Gestão Ambiental, cujos procedimentos de avaliação ambiental propostos (ver item 4) deverão ser incluídos no Manual Operativo do projeto. 2. Descrição do Projeto 2.1. Caracterização Ambiental Sucinta da Área do Projeto A região selecionada para desenvolvimento do projeto foi o Norte-Noroeste Fluminense e, dentro dessa região, as sub-bacias dos rios Imbé, Doce/Quitingute, Macabú, Muriaé e Guaxindiba, envolvendo os 22 municípios pertencentes à região norte-noroeste mais 2 municípios da região serrana cortados pelo rio Imbé (Trajano de Moraes e Santa Maria Madalena). A economia dessa região ainda apresenta um forte vínculo com as atividades agropecuárias, as quais, de forma geral, se apresentam com baixo padrão tecnológico e alto impacto ambiental, principalmente caracterizado pelo uso do solo agrícola fora dos padrões de capacidade de suporte, acarretando o surgimento de processos erosivos com o conseqüente depauperamento dos solos e assoreamento dos corpos d’água. Na fase de detalhamento do projeto serão escolhidas 50 microbacias dentre as 5 sub-bacias mencionadas, nas quais serão desenvolvidos os projetos pilotos, que se pretende replicar em outras áreas, posteriormente. A região escolhida é a que apresenta pior desempenho do Estado em relação a diversos fatores sócio-econômico e também é a que apresenta as maiores populações rurais. Esta relação (população rural x pobreza) expõe a carência e vulnerabilidade dessas populações em relação aos aspectos econômicos. Quanto à distribuição fundiária, a região reproduz o padrão de concentração de terras brasileiro, com um número significativo de pequenas propriedades que abrangem pequena parcela das terras, as quais, por sua vez, têm relevo e acessos mais desfavoráveis, condições que se refletem diretamente na economia familiar. Nas cinco sub-bacias escolhidas pode-se encontrar remanescentes dos quatro ecossistemas de importância global do bioma Mata Atlântica: Florestas e campos de várzeas úmidas; Floresta tropical semidecidual; Floresta ombrófila densa e Ecossistemas costeiros. Embora o grau de degradação dos recursos naturais seja elevado, tanto no que diz respeito à carência de vegetação nativa como no que diz respeito ao depauperamento dos solos agrícolas, ainda restam áreas naturais que merecem esforços de proteção como, principalmente a Mata do Carvão e o Parque Estadual do Desengano. O Projeto Rio Rural GEF não inclui intervenções diretas nestas duas áreas naturais, mas sim no seu entorno, através do apoio à adoção de Page 6 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 6 práticas sustentáveis, que não ponham em risco as Unidades de Conservação. Outras atividades de proteção destas áreas estão sendo apoiadas pelo Instituto Estadual de Florestas, com destaque para o Projeto Pró-Mata Atlântica, financiado pela KfW (custo total de Euro 8 milhões). A Mata do Carvão Ao longo da Costa leste do Brasil, dentro do domínio Atlântico, principalmente entre os estados da Bahia e Rio de Janeiro, ocorre um tipo de florestas denominadas Mata de Tabuleiros. A denominação de “tabuleiro” é dada pelo fato da topografia apresentar-se plana em grandes extensões, não atingindo altitudes superiores a 200m. As matas sob os tabuleiros distinguem-se das outras formações de mata atlântica lato senso por ocuparem uma extensa área de planície ou tabuleiro costeiro, com suas espécies distribuídas ao longo de um gradiente climático (sentido litoral-interior). Nestas matas, as espécies que ocorrem próximo do litoral, em geral, diferem daquelas que ocorrem no interior do continente, próximo às encostas das serras, enquanto nas demais formações que abrangem as matas serranas e suas encostas as espécies se distribuem em um gradiente climático/topográfico. Outro aspecto que as torna diferentes da mata atlântica de encosta (floresta ombrófila densa), é o fato de o interior da mata sobre os tabuleiros terciários, em geral, apresentar pouca vegetação rasteira e ocorrência de espécies epífitas. A esclerofilia, típica das matas de tabuleiro, é outra característica diferencial. 1 Com o processo de desmatamento na costa brasileira durante a colonização e, mais recentemente (1960-1980) com a agricultura e com a industrialização, as matas de tabuleiro sofreram uma intensa fragmentação. Com isso, restaram apenas alguns remanescentes florestais distribuídos ao longo da região costeira dos estados do nordeste até o estado do Rio de Janeiro. Um destes remanescentes é a Mata do Carvão, daí a importância estratégica da sua preservação. A Mata do Carvão teve sua área reduzida aos seus atuais 1.053 ha devido aos desmatamentos ocorridos, principalmente durante as décadas de 60 e 70, para as atividades de plantio de cana-de-açúcar, pecuária, produção de carvão vegetal e comercialização de suas madeiras. Esses desmatamentos ocasionaram uma alteração na forma de mata, ficando esta distribuída em uma longa faixa de cerca de 5 km de comprimento e 2 km de largura, cortada por trilhas usadas na retirada de madeiras. Esta forma alongada acentua o efeito de borda nesta mata. 1 SILVA, GUILHERME C. DA and NASCIMENTO, MARCELO T. Phytosociological studies in a remnant lowland forest on tertiary "tabuleiros" in the north Rio de Janeiro State. Rev. bras. Bot., Mar. 2001, vol.24, no.1, p.51-62. ISSN 0100-8404. Page 7 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 7 Dentre as 83 espécies arbóreas amostradas em estudo recente realizado na Mata do Carvão (Silva & Nascimento, 2000), três delas podem ser consideradas novas ocorrências na flora fluminense o que comprova o alto interesse ambiental na preservação deste remanescente. O Projeto Pró-Mata Atlântica (KfW) prevê a criação da Reserva Biológica da Mata do Carvão, e apoiará o desenvolvimento do Plano de Manejo e demais ações básicas para a implantação da reserva. O Projeto Rio Rural GEF complementará esta iniciativa com apoio à adoção de práticas sustentáveis no entorno da reserva, compatíveis com os objetivos da Unidade de Conservação. Parque do Desengano Em todo o Estado do Rio de Janeiro ainda restam 5 mil km² de floresta original, porém, aproximadamente 80% estão em propriedades privadas. O Parque Estadual do Desangano - PED é uma das mais importantes unidades de conservação no Estado do Rio de Janeiro, pois abrange os principais tipos de vegetação remanescente de Mata Atlântica e representa o último segmento contínuo no norte fluminense. O Parque foi criado em 13 de abril de 1970, através do Decreto-Lei nº. 250, e localiza-se nos municípios de Santa Maria Madalena, Campos dos Goytacases e São Fidélis, entre as coordenadas 21º 45’ – 22º 00’ S e 41º 41’ – 42º 00’ W. O PED é a maior Unidade de Conservação estadual do Rio de Janeiro. Possui área aproximada de 22.400 hectares com cobertura vegetal classificada como Floresta Ombrófila Densa Montana e Alto-Montana, o que representa cerca de 20% do total de área preservada no Estado. Ainda que de forma incipiente, já existem iniciativas de difusão de alternativas econômicas ao produtor rural que permitam o uso sustentável dos recursos do entorno do Parque, garantindo o uso com a conservação da biodiversidade. Estas iniciativas são frutos da compensação financeira do projeto da Usina Termoelétrica Macaé Merchant. Este Programa de Desenvolvimento Sustentado atua na área do entorno do Parque. Foram instalados três viveiros de mudas de essências nativas localizados no Centro de Pesquisa do IPN (Instituto Pró-Natura) em Conceição de Macabú, no Horto da Secretaria de Agricultura de Santa Maria Madalena, e no sítio Pé da Serra do Triunfo, de propriedade de Edson Santuchi. O Projeto Pró-Mata Atlântica (KfW) prevê a implementação do Plano de Manejo do Parque, incluindo a construção de guaritas de proteção e estrutura mínima de visitação. Os recursos do GEF poderão potencializar as ações de preservação e conservação da área já desenvolvidos na área de entorno do Parque. Page 8 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 8 2.2. Componentes e Resultados do Projeto O Projeto prevê a aplicação de US$ 6,73 milhões com recursos doados pelo GEF e US$ 7,86 milhões co-financiados por outras fontes (incluindo contrapartida do Estado de US$ 5,84 milhões). O projeto será implementado através de quatro componentes, ao longo de 5 (cinco) anos. Componente 1- Planejamento para Ações de Manejo Integrado de Ecossistemas (US$ 1,49 milhões) Abrange formulação de políticas e ações de planejamento, elementos necessários ao desenvolvimento de um arcabouço dinâmico para o processo de tomada de decisão que seja e ambientalmente sustentável no âmbito do projeto. Os principais sub-componentes e atividades previstas neste componente são descritos seguir: Sub- componente 1.1. Desenvolvimento de Políticas e Planos para o MIE (U$D 0,21 milhões) Através de estudos e consultas públicas, este sub-componente buscará facilitar o estabelecimento de um ambiente favorável à mudança de comportamento e atitudes requeridos para a passagem de uma agricultura convencional para atividades sócio-ambientais de apoio a adoção de uma abordagem de MIE que leve ao MSRN e que efetivamente reduzam a degradação das terras, incrementem a biodiversidade e os estoques de carbono na paisagem rural. Sub- componente 1.2. Planejamento Local para Adoção de MIE em Microbacias (U$D 1,28 milhões) Este sub- componente irá apoiar as atividades que possibilitarão identificar e priorizar as ações e esforços do projeto , a partir do planejamento participativo, e a regulamentação das condutas dos produtores rurais em relação à sustentabilidade no uso e manejo responsáveis dos recursos naturais. Componente 2 - Sistema de Incentivo ao Manejo Integrado de Ecossistemas (US$ 7,86 milhões) O Componente 2 têm como resultados esperados a provisão de incentivos à mudança de conduta para a adoção de MIE e a pesquisa local nas microbacias piloto para suplantar as Page 9 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 9 limitações técnicas e ambientais. Foi estimada a aplicação de US$ 7,86 milhões, ou seja, 53,8% do total do projeto. Esse componente tem como principal objetivo promover incentivos para a mudança de comportamento dos produtores residentes nas microbacias para a adoção de sistemas de produção que considerem os aspectos produtivos, sociais e ambientais de forma integrada buscando o MSRN e mudanças na qualidade da aplicação dos recursos de crédito rural dentro de um planejamento global das propriedades e das microbacias hidrográficas, através de uma linha de incentivos a ser utilizada de forma piloto e demonstrativa. Este componente estimulará os produtores (individualmente e em grupo) a adotar tecnologias e sistemas de produção em conformidade com os objetivos do Projeto, quais sejam, integrar a população rural e os investimentos atualmente amparados pelos Governos Federal e Estadual aos esforços de recuperação de terras degradadas, conservação da biodiversidade e seqüestro de carbono na paisagem agrícola, aumentando, desta forma, a prestação de serviços ambientais nas áreas dos produtores atendidos pelo Projeto. Cerca de 70% deste componente será financiado pelo RIO RURAL, FRUTIFICAR E PRONAF. O apoio deste componente se direciona a atividades produtivas e não-produtivas identificadas e elencadas como prioritárias nos PEMs. Sub- componente 2.1. Programa de Incentivo financeiro à Mudança de Conduta para Adoção de MIE nos Aspectos Produtivos e de Desenvolvimento Local (U$D 7,43 milhões). Atividades: A tividade 1 prevê incentivos financeiros para a implantação de investimentos produtivos e de desenvolvimento local em propriedades e microbacias selecionadas pelo Projeto. Estes recursos (de custeio e investimento) seriam repassados através de linhas de crédito atualmente fornecidas pelo PRONAF e pelos Programas Rio Rural e Frutificar, executados pela SEAAPI do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Estas ações serão consideradas como contrapartida no Projeto proposto. A Atividade 2, a ser apoiada pelos recursos do GEF, está voltada para incentivar a integração e a compatibilização dos apoios produtivos e de desenvolvimento local ao planejamento das mesmas propriedades e microbacias apoiadas pela Atividade 1. Os diversos tipos de investimentos elegíveis por este sub-componente se encontram no fluxograma apresentado na Figura 1 do item 3 deste relatório. Sub- componente 2.2. Estudos e Pesquisas Adaptativas (U$D 0,43 milhões) Através deste sub-componente o projeto pretende desenvolver estudos e pesquisas adaptativas e/ou soluções tecnológicas para os problemas de uso não sustentável da terra identificados Page 10 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 10 pelos produtores nas microbacias. Estas seriam implantadas de forma participativa, em base piloto e demonstrativa. O diagnóstico de lacunas tecnológicas ainda existentes passíveis de estudos e pesquisas se daria, inicialmente, por ocasião da elaboração dos PEMs e, na seqüência, passaria por uma análise da Coordenação Técnica da Secretaria Executiva do Projeto (SEP). Componente 3 - Capacitação para a Adoção do MIE em microbacias piloto (U$D 2,97 milhões) Este componente tem como objetivo o aprimoramento da capacitação local para o manejo sustentável dos recursos naturais. Principalmente em áreas produtivas (agro ecossistemas), por meio de atividades de educação, treinamento e organização comunitária .As ações do componente propiciarão a criação de ambientes favoráveis à formação e ao fortalecimento de organizações rurais para a autogestão dos recursos naturais, em complementação às atividades coletivas de produção e desenvolvimento local apoiadas pelo Rio Rural e Pronaf. O trabalho irá fortalecer o capital social existente no intuito de aprimorá-lo como base para a implementação de empreendimentos sócio-ambientais em unidades produtivas, e buscará a interlocução ambiental e o gerenciamento de interesses e soluções coletivas para alcançar o manejo integrado de recursos naturais. O componente será implementado através dos seguintes sub-componentes e atividades: Sub- componente 3.1. Capacitação organizacional para auto-gestão dos RN (U$D 0,64 milhões) Atividades: As seguintes atividades seriam implementadas neste sub-componente: i) realização de diagnóstico das organizações comunitárias e de gestão de RN e elaboração de plano operativo em 15 microbacias piloto (e capacitação de técnicos executores em metodologia de execução de diagnóstico); ii) Monitorização dos diagnósticos realizados pelos técnicos executores nas 35 microbacias restantes e acompanhamento das ações de implantação de ações de auto-gestão nas 50 microbacias; e (iii) implantação de um sistema de comunicação/informação para a auto-gestão comunitária. Sub- componente 3.2. Capacitação dos executores em MIE e MSRN (U$D 0,49 milhões). Atividades: i) condução de programas de capacitação gerencial de 270 técnicos executores do projeto; ii) condução de programas de capacitação de 180 técnicos executores em desenvolvimento sustentável; e (iii) condução de capacitações específicas em apoio à adoção de ações sócio-ambientais em unidades produtivas e microbacias. Sub-Componen te 3.3. Capacitação de beneficiários para o MIE (U$D 1,84milhões). Page 11 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 11 Atividades: as seguintes atividades serão apoiadas por este sub-componente: i) realização de reuniões de motivação e envolvimento nas microbacias; ii) condução de capacitações específicas em apoio à adoção de ações sócio-ambientais em unidades produtivas e microbacias, iii) promoção de eventos de intercâmbio; e iv) promoção de projetos de educação em escolas. Componente 4 – Gerenciamento, Monitoramento, Avaliação e Disseminação do Projeto (U$D 2,28 milhões) O objetivo deste componente é gerenciar, monitorar e disseminar o projeto de forma eficiente e coordenada com outras ações e programas nacionais, estaduais e locais. O componente será implementado por meio de três sub-componentes: O sub-componente de Gestão de Projeto estabelecerá e operará uma unidade de gerenciamento no âmbito do governo estadual (Secretaria Executiva do Projeto – SEP, inserida na SMH/SEAAPI), e em cada uma das duas regiões administrativas do projeto. As agências regionais da EMATER atuarão como braços executivos junto aos atores do projeto nas ações de planejamento participativo , treinamento e assistência técnica no âmbito local/microbacias. A avaliação e o monitoramento participativo do projeto serão apoiados pelo sub-componente de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação. Um sub-componente de Disseminação do Projeto apoiará com ações de disseminação das informações geradas pelo projeto junto aos beneficiários diretos e à sociedade em geral. Sub- componente 4.1 Gestão do projeto (U$D 1,22 milhões) Atividades: i) consolidação e fortalecimento da equipe de gestão do projeto; ii) fortalecimento d unidade de gestão junto à SEAAPI/SMH com equipamentos, veículos e móveis; e iii) realização da gestão físico-financeira do projeto. Sub- componente 4.2. Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação (U$D 0,67 milhões) Atividades: i) desenho e implantação/manutenção de sistema acompanhamento físico- financeiro do projeto; ii) teste e implantação de sistema de monitoramento das atividades/resultados/impactos do projeto, produzindo relatórios de M&A; e iii) realização de avaliações de ex-ante, meio termo e ex-post do projeto. Sub- componente 4.3. Disseminação do Projeto (U$D 0,39 milhões) Atividades: i) provisão de material de difusão para executores, beneficiários do projeto e sociedade em geral; ii) disseminação de resultados, melhores práticas e lições aprendidas nos âmbitos municipal, estadual e internacional. Page 12 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 12 2.3. Atores/Público Alvo/Resultados esperados O projeto alcançará benefícios ambientais, financeiros, institucionais e sociais em quatro níveis: as comunidades rurais que habitam nas microbacias apoiadas pelo projeto, os escritórios estaduais, regionais e municipais das unidades executoras, grupos de agricultores e agricultores individuais beneficiários, além da sociedade civil como um todo na área de influência do projeto. Os benefícios ambientais incluem: i) a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica de importância global, bem como o compartilhamento eqüitativo dos benefícios derivados do uso da biodiversidade; ii) redução das emissões e aumento do armazenamento de gases de efeito estufa em ecossistemas terrestres; e iii) redução e controle da erosão do solo através de aperfeiçoamento do manejo. Em relação aos benefícios financeiros, os agricultores participantes serão favorecidos pelas atividades do projeto por meio da elevação de receitas originadas da adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Isso será facilitado pela disponibilidade de incentivos financeiros destinados a cobrir os investimentos iniciais e as adaptações dos sistemas produtivos implantados, coerentes com a proposta de MSRN. Os benefícios institucionais incluiriam: i) melhoria na coordenação das ações das instituições setoriais nas esferas de: ecossistemas, comunidade e setores produtivos e ii) aprimoramento da capacidade dos agentes envolvidos no desenvolvimento de parcerias, notadamente entre os setores público/comunidade/privado, em apoio aos objetivos de manejo sustentável do solo. Os benefícios sociais compreendem: i) externalidades associadas à transferência de recursos das comunidades beneficiadas pelos serviços de ecossistema (ex.: Eco turismo) àqueles que auxiliam na manutenção de tais serviços; ii) elevada participação em atividades de importância às comunidades locais, contribuindo para a elevação do capital social associado ao fortalecimento das comunidades rurais Beneficiários-alvos: Os beneficiários específicos diretos e indiretos foram identificados através de uma avaliação sócio-econômica executada durante a preparação do projeto. Os beneficiários primários do projeto proposto incluem pequenos e médios produtores (4000 mil famílias), juventude rural, professores, líderes comunitários, membros dos Conselhos Municipais de desenvolvimento Rural, organizações religiosas, ONGs locais, trabalhadores rurais, técnicos municipais e estaduais (principalmente extensionistas rurais públicos e privados), além de outros atores que dependem do uso sustentável de recursos naturais para garantir seus meios de sobrevivência. Beneficiários secundários seriam os indivíduos e Page 13 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 13 comunidades que recebem produtos e serviços indiretos de um ecossistema gerenciado de forma sustentável. 2.4. Marco legal ambiental relevante para o projeto O Anexo 1 deste relatório apresenta uma relação detalhada das leis e regulamentos relevantes para o projeto. Por oportuno, foram indicadas a seguir aquelas que serão de extrema importância para as ações de planejamento ambiental das microbacias, e subseqüente re- ordenamento do uso do solo e dos recursos naturais previstos pelo Projeto Rio Rural GEF. Nível federal : · Código Florestal (Lei 4771/65) e Medida Provisória 2.166-67, de 24/08/01, textos legais que instituem e regulamentam as Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais; · Lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos; · Resolução n.º 20 de 18/06/86 do CONAMA, as águas doces, salobras e salinas do país, e dá outras providências (incluindo critérios/padrões de lançamento de efluentes); · Resolução CONAMA 303/02 – dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente; · Lei da Mata Atlântica - Decreto dez/03 – aprovado pela Câmara de Deputados. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências; · Lei n.º 5.197 de 03/01/1967 (alterada pelas Leis n.º 7.584/87, n.º 7.653/88 e n.º 7.679/88) regulamentada pelo Decreto 97.633/89, garante respaldo à proteção de animais de quaisquer espécies; e · Portaria IBAMA n.º 1.522 de 19/12/89, que promulgou a lista oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção. Nível estadual : · Decreto- Lei 134/75, que instituiu a Política Estadual de Controle Ambiental regulamentado pelos Decretos 1.633/77, 2.330/79 e 8.974/84; Page 14 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 14 · Decreto 1.633/77, que dispõe sobre a criação do SLAP - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras; · Licenciamento Ambiental: em linhas gerais, o procedimentos de licenciamento e avaliação de impactos ambientais adotado pelo Estado do Rio de Janeiro é semelhante ao descrito nas normas federais e se encontra consolidada no DECRETO 1.633/77, que criou o SLAP. O processo de licenciamento do SLAP é realizado em três fases distintas através da concessão das licenças ambientais a que se refere o artigo 4º do Decreto 1.633/77. Compete à Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA) e à FEEMA, a operacionalização do SLAP; · Lei Estadual 1.356, de 3 de outubro de 1988 que dispõe sobre os procedimentos vinculados à elaboração, análise e aprovação dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), e que estabelece obrigações complementares ao empreendedor. · Deliberações da CECA relacionadas à avaliação de impactos ambientais: Deliberação CECA 003/77, que dispõe sobre o SLAP); Deliberação CECA 1.078/87, Diretriz para implantação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); Deliberação CECA 1.173/87, sobre a participação e acompanhamento da comunidade no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA); Deliberação CECA 1.344/88, que regulamenta a realização de audiências públicas como parte do processo de licenciamento de atividades poluidoras sujeitas à apresentação de EIA e respectivo RIMA; e Deliberação CECA 2.117/90 - Diretriz para implantação de EIA e respectivo RIMA. Por último, cumpre salientar que, através do Componente 1 do Projeto Rio Rural GEF (sub- componente 1.1) está prevista a participação e fortalecimento da Defensoria Pública do Estado, que atuará em apoio às comunidades na elaboração de um instrumento denominado “Estatutos Comunitários de Condutas” (ECC), no qual serão acordadas e estabelecidas normas de condutas internas das comunidades no que se refere à gestão dos recursos naturais de forma sustentável das microbacias selecionadas, observando as normas e legislações ambientais vigentes, tanto no âmbito federal, estadual e municipal, como em tratados e convenções internacionais. Através deste instrumento o projeto buscará ampliar a percepção das questões ambientais, locais, nacionais e globais, pelos produtores rurais e envolve-los no processo de fortalecimento da fiscalização ambiental. Este instrumento pretende ainda se Page 15 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 15 constituir em indicador para monitoramento das mudanças de comportamento esperadas dos beneficiários no que tange à conservação dos recursos naturais. A Defensoria Pública já vem atuando em projetos de capacitação comunitária na formação de Defensores Legais Populares, os quais desempenham papel de facilitadores na solução rápida e eficiente de conflitos. Esta experiência será incorporada ao projeto com destaque na defesa do meio ambiente e dos direitos fundamentais, atuando na conscientização dos direitos individuais e coletivos, do acesso à legislação que rege a matéria ambiental e da harmonização de possíveis conflitos de interesse. 3. Avaliação dos Impactos Potenciais. Considera- se que a implantação do Projeto Rio Rural GEF/GEF representa impacto positivo para a região abrangida. Entretanto, todas as ações previstas devem ser realizadas de maneira adequada de modo a evitar ou não provocar impactos negativos ao meio ambiente. A avaliação apresentada a seguir considera a identificação de potenciais impactos ambientais decorrentes das ações do Componente 2 – sub-componente 2.1, identificadas no fluxograma da Figura 1 a seguir: Page 16 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 16 Figura 1 – Fluxograma das atividades potencialmente financiáveis pelo Componente 2 de Incentivos Financeiros Carbono · Sistema de Incentivo ao Manejo Sustentável de Recursos N t i Recuperação de áreas degradadas Manejo dos recursos hídricos Prestação de Serviços Ambientais Água Biodiversidade Uso e Manejo Sustentável da biodiversidade Reorientação de sistemas produtivos para sistemas sustentáveis Apoio à comercialização de produtos sócio- ambientalmente adequados Práticas de conservação do solo Recomposição da cobertura vegetal Recomposição da fertilidade do solo Proteção às nascentes e áreas de recarga Recomposição da mata ciliar Redução da poluição hídrica Restauração florestal Ações para conexão entre fragmentos Sistemas agroflorestais Agricultura orgânica Manejo sustentável de pastagens Certificação de produtos agrícolas produzidos através de práticas sustentáveis Estudos de mercado Agregação de valor pós-colheita a produtos agroecológicos Sistemas associativos de produção Estudos e pesquisas adaptativas Produção de substâncias bio-ativas Page 17 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 17 A avaliação poderá ser refinada quando do detalhamento dos projetos e conseqüente identificação dos impactos específicos. Entretanto, mesmo sem o detalhamento dos projetos, pode-se concluir que os eventuais impactos negativos são, em sua maioria, mitigáveis por meio da adoção de medidas preventivas (cuidados na implantação de atividades) e de controle, não comprometendo os significativos impactos positivos relativos à implantação do Projeto e, tampouco, sua viabilidade ambiental e social. A correta definição dessas medidas mitigadoras, bem como os custos a elas associados dependem do detalhamento posterior. 3.1. Impactos potenciais associados às atividades do sub-componente 2.1 O quadro que compõe o Anexo 02 resume os impactos analisados neste capítulo, bem como os demais impactos positivos das outras ações do sub-componente 2.1. A seguir, descreve-se com maiores detalhes os principais impactos potenciais do projeto. Recuperação de áreas degradadas / Recomposição da cobertura vegetal Impactos potenciais - Intervenção em Áreas de Preservação Permanentes - APP O projeto prevê a recuperação de áreas degradadas nas microbacias, muitas das quais incluem áreas de preservação permanente (APP), descritas no Art. 2º do Código Florestal e detalhadas nas Resoluções CONAMA 04/85 e 303/02 . Embora a ação seja de recuperação, os preparativos para o plantio das essências nativas dependem do controle ou eliminação da vegetação indesejável, bem como do preparo do solo para o plantio das mudas de essências nativas. Avaliação : temporário, abrangência local, pequena magnitude, mitigável. Medidas mitigadoras : conforme determina a legislação vigente, a intervenção em APP deve ser previamente licenciada pelo órgão ambiental competente. Tendo em vista o caráter essencialmente positivo que este tipo de atividade representa, sugerimos que haja um licenciamento geral para o conjunto de atividades de recuperação de áreas degradadas, o qual poderá ser feito para todo o projeto, englobando todas as intervenções previstas nos sub-projetos de recuperação. No âmbito desta licença de caráter geral deve ser previsto o acompanhamento das ações abrangidas pelo licenciamento, além de avaliações periódicas. Ressalte-se que em conversa com o representante regional da FEEMA na cidade de Campos dos Goytacases, ele se mostrou receptivo a este procedimento, inclusive Page 18 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 18 no que diz respeito a imprimir um trâmite mais célere, tendo em vista o caráter extremamente benéfico desta atividade. O IBAMA/RJ também deve ser notificado destas intervenções. Como estas questões envolvem diretamente a SEAAPI e a Secretaria de Meio Ambiente (através da FEEMA e do IEF), a articulação das pastas pode ser expressa sob a forma de resolução conjunta, a exemplo do ato que foi baixado no Estado de São Paulo (incluído como Anexo do relatório detalhado disponível na SEAAPI). Ressalte-se também que a Medida Provisória 2.166-67 de 24/08/01 prevê situações especiais para as pequenas propriedades, bem como para casos de interesse público ou social, que entendemos se aplicará à maior parte das situações de recomposição.. Por último, cumpre ressaltar que, segundo informações da direção da SEAAPI, em Dezembro de 2003, houve reuniões da SEAAPI com a Missão do Banco Mundial de Dezembro 2003, com responsáveis pelos órgãos estaduais de gestão ambiental (FEEMA e IEF), e foram reconfirmadas as parcerias que vêem sendo formadas entre estas instituições para o cumprimento da legislação ambiental no âmbito do projeto, incluindo o tema de recuperação ambiental de áreas degradadas em APP. Nestas reuniões ficou acordado que a recuperação de APPs poderá ser executada pelo Projeto Rio Rural GEF, por ter função de interesse social e utilidade pública (conservação da biodiversidade e estabilização hidrológica), já acordadas com o órgão ambiental competente (FEEMA). Esse entendimento é previsto e respaldado pela Medida Provisória 2.166-67 de 24/8/01. Recomposição da fertilidade do solo Impactos potenciais – Uso incorreto de fertilizantes e corretivos O Projeto Rio Rural GEF/GEF não financiará a compra de fertilizantes. No entanto, poderá orientar agricultores que vêm utilizando estes produtos, um vez que a recomposição da fertilidade dos solos pode ser feita tanto por meio de técnicas de manejo (a serem recomendadas pelo projeto) como contando com a aplicação de corretivos e fertilizantes. No caso da aplicação de produtos químicos há riscos de aplicação incorreta, tanto na forma como na quantidade em excesso, causando arraste ou lixiviação dos produtos para os corpos d’água, com a conseqüente poluição. Avaliação : temporário, abrangência local, pequena magnitude, mitigável. Medidas mitigadoras : Realizar os trabalhos de conservação dos solos antes da aplicação dos produtos; avaliar, através de análise do solo, as quantidades exatas a serem aplicadas; realizar Page 19 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 19 a aplicação dos produtos de acordo com as recomendações técnicas e parcelar, sempre que possível, as aplicações de fertilizantes que forem realizadas em época de chuvas intensas. Quando a recomposição da fertilidade dos solos for feita apenas através da implementação de práticas de cultivo e manejo dos solos não há impactos previstos. Recomposição de matas ciliares Não há impactos previstos para esta atividade. Entretanto, deve-se atentar para a necessidade de garantir a variabilidade de espécies nas áreas recompostas. Para tanto, sugerimos que seja adotada uma estratégia geral para esta atividade que estabeleça uma diretriz que contemple o número mínimo de espécie e plantas a serem utilizadas nas áreas recompostas. Como as matas ciliares são específicas das APPs, a recomposição dessas matas poderá ser enquadrada nos dispositivos da Medida Provisória 2.166-67 de 24/8/01, tendo em vista seu alto interesse social e utilidade pública (conservação da biodiversidade e estabilização hidrológica), conforme acordado com o órgão ambiental competente (FEEMA). A diretriz acima proposta pode ser estabelecida através de resolução conjunta entre as secretarias de meio ambiente e agricultura. Apenas como referência citamos a Resolução da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SMA 21, cuja cópia está em Anexo ao relatório detalhado desta Avaliação Ambiental (disponível na SEAAPI). Restauração Florestal/Produção de substâncias bioativas Impacto potencial : Destruição de portas-semente e perda de variabilidade genética pela coleta predatória de sementes de essências nativas para a produção de mudas ou de material vegetativo para extração de princípios ativos. Como o esforço de replantio de essências nativas é significativo, ainda que realizado ao longo dos cinco anos de implementação do projeto, haverá a necessidade de aumentar o esforço de coleta de sementes de essências nativas para a produção das mudas. Impacto : Avaliaçã o: negativo, significativo, temporário. Magnitude – a avaliar. Mitigável com ações de capacitação, controle e fiscalização. Medidas mitigadoras : deve-se estabelecer uma estratégia específica para esta atividade envolvendo a SEAAPI, FEEMA, IEF, IBAMA, IC- Brasil e SOS MATA-ATLÂNTICA para pré-determinar os procedimentos para a coleta de sementes e de material vegetativo, evitando a exploração das árvores adotadas como portas-semente fora dos padrões de sustentabilidade e diminuindo o risco de acidentes com os profissionais envolvidos. Também haverá a necessidade de capacitação e treinamento de pessoal. Page 20 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 20 Agregação de valor pós-colheita a produtos agroecológicos Poderá haver alteração da qualidade ambiental devido à geração de emissões, efluentes e resíduos sólidos decorrentes da instalação e operação de micro/pequenas agroindústrias ou de equipamentos necessários ao beneficiamento dos produtos. Impacto potencial : contaminação do ar, solo e/ou corpos d’água. Avaliação : negativo, média significância, abrangência local, permanente, magnitude média, mitigável. Medidas mitigadoras : Tendo em vista o caráter exemplar do Projeto Rio Rural GEF, deve-se assegurar que os equipamentos a serem adquiridos sejam instalados em locais adequados e atendendo os cuidados ambientais relativos ao controle de poluição e, quando for o caso, tratamento e destinação adequados dos resíduos (pequenas agroindústrias). A instalação e operação de alguns desses equipamentos pode requerer licença ambiental, dúvida que deverá ser sanada, oportunamente, junto à FEEMA, antes da aquisição do equipamento. 4. Plano de Gestão Ambiental 4.1. Procedimentos de avaliação ambiental incorporados ao processo de aprovação dos subprojetos a serem financiados pelo Componente 2 (sub-componente 2.1.) 4.1 .1. Pré-seleção de propostas do projetos Para acessar o apoio financeiro pelo Componente 2 dos Incentivos (sub-componente 2.1) serão elaborados projetos individuais ou grupais. Durante a elaboração, os projetos serão classificados em função dos possíveis impactos positivos ou negativos. Esta classificação enquadrará o projeto em uma das três categorias descritas a seguir: · Categoria I : Projetos com impactos ambientais negativos inexistentes ou insignificantes que, consequentemente, não requerem medidas mitigadoras (exemplo: sub-projetos de estudos de mercado, apoio à certificação de produtos agrícolas, etc. ). · Categoria II : Projetos com impactos ambientais potenciais de baixa magnitude, que podem ser facilmente mitigáveis. Nesta categoria, deverá ser feita uma identificação dos possíveis impactos e de suas medidas mitigadoras, as quais deverão ser incorporadas ao desenho do projeto. · Categoria III : Projetos com impactos ambientais potenciais de magnitude moderada, que podem ser mitigáveis, os quais estão sujeitos ao licenciamento ambiental; também se enquadram nesta categoria projetos de recuperação ambiental localizados em Áreas de Preservação Permanente (APPs), que deverão seguir as normas e instruções dos órgão ambientais competentes. Page 21 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 21 O Anexo 03 apresenta a lista ilustrativa de propostas e sub- projetos de inversão que poderiam ser incluídos nas categorias descritas anteriormente. Esta lista se baseia no Fluxograma da Figura 1 do item 3 (tipos de sub- projetos elegíveis pelo projeto). A lista de atividades contidas no Anexo 03 é somente uma referência para o técnico e poderá ser revisada ao longo do Projeto (em função dos vários tipos de projetos que surjam), tendo sua revisão endossada pelo Banco Mundial - BM. Quando um sub-projeto compreender atividades em mais de uma categoria, o extensionista responsável deverá classificá-lo na categoria referente às atividades de maior impacto ambiental. Para os sub-projetos classificados nas Categorias I não há a necessidade de adoção de medidas mitigadoras, pois os mesmos já são, em si, projetos de estudos ou de recuperação e/ou conservação dos recursos naturais. Para os sub-projetos classificados nas Categorias II e III requerer-se-á uma avaliação ambiental para identificar os impactos ambientais e as respectivas medidas de mitigação e/ou prevenção que deverão ser incorporadas ainda na fase de elaboração do sub-projeto. 4.1.2. Procedimentos de Avaliação Ambiental A avaliação de impactos ambientais é um procedimento prévio, realizado para identificar os potenciais impactos ao meio ambiente decorrentes da implantação de um determinado projeto ou atividade, de modo a avaliar sua viabilidade ambiental. Esta avaliação, realizada previamente, proporciona a oportunidade de se propor ações de mitigação para o projeto ou atividade proposto. Estas ações, muitas vezes podem e devem ser incorporadas ao projeto proposto de modo a evitar a ocorrência do impacto. Tendo em vista o caráter altamente educativo e participativo do Projeto Rio Rural GEF ora em avaliação, espera-se que os impactos a ele associados sejam, em sua grande maioria, positivos. Contudo, conforme já exposto, há algumas ações que podem vir a causar impactos baixos ou moderados. Para estes casos, o extensionista responsável deverá estar apto a identificar estes impactos na fase de programação/projeto, determinando as medidas mitigadoras adequadas a cada caso. Como os casos previstos são de baixo impacto, os procedimentos de avaliação são simplificados. 4.1.3. Procedimentos e etapas de avaliação para as Categorias II e III São propostos procedimentos para concluir uma avaliação ambiental em três etapas: Page 22 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 22 Primeira etapa : Elaboração do projeto pelo extensionista responsável pela microbacia preenchimento da lista de checagem (ANEXO 04) Para executar uma avaliação ambiental é necessário conhecer: · Atividades envolvidas na implementação do projeto em suas fases de implantação e operação; · Características do local onde será implantado o projeto (meios físico, biótico e sócio econômico nos quais se desenvolverão as atividades propostas); · Alternativas tecnológicas para execução da mesma atividade e justificativa para a adoção de uma delas; · Identificação de eventuais áreas e atributos naturais, culturais e históricos especialmente protegidos existentes nas áreas de influência do projeto; OBS.: Esta etapa é de responsabilidade dos extensionistas responsáveis pelas microbacias os quais deverão preencher a lista de checagem (Anexo 04 – Lista de Checagem) que deverá ser anexada ao projeto. Segunda etapa : Identificação e previsão dos potenciais impactos ambientais Nesta etapa é necessário identificar e prever os impactos ambientais causados pela ação e desenvolvimento em todas as fases do projeto sejam estes: positivos/negativos, diretos/indiretos, temporários/permanentes, de abrangência local/regional, magnitude alta/média/baixa, significância alta/média/baixa, etc. Para guiar o responsável por esta etapa na identificação dos impactos ambientais, este relatório inclui o Quadro do Anexo 2 (quadro resumo dos principais impactos, indicadores, possíveis ações de mitigação e monitoramento ambiental) em distintas atividades e modificações no meio rural, os quais poderão ser incorporados ao Manual de Operativo do Projeto. Os técnicos devem assegurar-se que as análises de possíveis impactos ambientais englobe os fatores representados anteriormente e, sempre que for possível, deve-se quantificar os impactos (exemplos: quantidade de solo a ser perdido e o grau de erosão que poderá ocorrer; a quantidade de espécies da floresta que poderão desaparecer). Esta etapa é de responsabilidade do extensionista responsável pela microbacia com a colaboração da Associação de Produtores da Microbacia. Terceira etapa : Definição das medidas de mitigação dos novos projetos, submissão à SEP e aprovação dos projetos (ver recomendação de medidas no Anexo 2 - quadro resumo dos principais impactos). Page 23 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 23 Uma vez identificados os impactos ambientais, é necessário definir as adequadas medidas mitigadoras incluindo seus custos, prazos de execução, parâmetros de acompanhamento, monitoramento (quando for o caso) e eficácia das medidas. Definidas as medidas mitigadoras o projeto poderá ser reformulado de modo a incorporá-las. Por último, o analista deve apresentar os resultados da avaliação de maneira que a análise das possíveis conseqüências ambientais das ações propostas sejam utilizadas no processo de decisão, incorporando, assim, as medidas de preservação na elaboração do projeto. A responsabilidade de aprovação desta etapa é da SEP, através de suas regionais, que terá o papel de compatibilizar e acompanhar as propostas em atendimento à legislação vigente. 4.1.4. Ações decorrentes da identificação dos impactos Para os casos enquadrados na Categoria III identificados como passíveis de licenciamento ambiental, os projetos deverão conter todas as informações necessárias à tomada de decisão por parte do órgão licenciador (FEEMA), além da documentação adequada. Como o tipo de informação a ser prestada dependerá do tipo do projeto, na fase de treinamento poderão ser realizados estudos hipotéticos, principalmente contemplando as atividades de implantação de pequenas agroindústrias bem como a de intervenções de recuperação em áreas de preservação permanente. Casos especiais poderão ser estabelecidos em comum acordo com a FEEMA Os projetos devidamente informados pelos extensionistas seguirão para a instância de aprovação. Quando for o caso de licenciamento ambiental, estes projetos deverão ser encaminhados à FEEMA. O fluxograma a seguir resume as etapas e ações para a avaliação ambiental dos projetos que serão elaborados pelos extensionistas responsáveis pelas microbacias. Page 24 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 24 FLUXO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL Projetos da Categoria II ETAPA OBJETO AÇÕES Análise e aprovação pela SER e CATEMI FEEMA para licenciamento SEP para Implantação e acompanhamento 2ª Etapa 3ª Etapa 1ª Etapa Identificação e previsão dos impactos potenciais (Técnico executor local) Lista de checagem Elaboração dos projeto s (Técnicos executores local + Comitê Gestor da Microbacia Definição das medidas de mitigação, análise de viabilidade econômica e operacional Readequação dos projetos e ecaminhamento para aprovação Classificação dos projetos I, II, ou III (Técnico executor local Projetos das Categorias II e III P r o j e t o s d a C a t e g o r i a I Projetos da Categoria III Page 25 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 25 4.1.5. Acompanhamento e monitoramento Uma vez definida a medida mitigadora a ser adotada é necessário definir também os indicadores de monitoramento dos impactos ambientais de cada subprojeto (ver sugestões no Anexo 2). Nesta fase de acompanhamento/monitoramento, executada durante a implantação e operação do projeto, pode também ser verificada a eficácia das medidas de preservação/conservação ambiental que estão sendo executadas, bem como controlados os impactos ambientais do projeto com o intuito de detectar possíveis problemas ambientais em tempo hábil para realizar os ajustes necessários no projeto. 4.1.6. Capacitação Escopo : Capacitação de pelo menos 60 agentes extensionistas e representantes regionais no início do projeto para propor e analisar alternativas ambientais adequadas aos projetos e divulgar junto às comunidades os aspectos relevantes da legislação ambiental. Produção de Manual de procedimentos para os técnicos extensionistas e para as ONGs que apoiarão as comunidades envolvidas. O curso deverá ter 2 módulos: legislação ambiental e licenças ambientais. O módulo de legislação ambiental deverá abordar os seguintes sub-itens: • Aspectos Constitucionais Gerais: Uso social da propriedade, meio ambiente, defesa do consumidor, recursos hídricos e saneamento básico; • Legislação Federal: Leis ambientais, Código Florestal, Lei de Recursos Hídricos, Lei de Crimes Ambientais, Código de Defesa do Consumidor, Lei de Proteção à Fauna, Lei de Pesca, Resoluções do CONAMA, CRH, etc...; • Legislação Estadual: Constituição do Estado do Rio de Janeiro (Capítulo – Do Meio Ambiente), Política Florestal do Estado do Rio de Janeiro, Política de Pesca, Política de Recursos Hídricos, Sanções administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro, Lei que Instituiu a Taxa Florestal, etc. O módulo de licenças ambientais deverá abordar o seguinte sub-item: • Licenças ambientais: Aspectos relacionados às solicitações e emissões de licenças ambientais necessárias ao Projeto Rio Rural GEF na sub-bacia. Page 26 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 26 Procedimento metodológico • Conteúdo - A ser definido juntamente com a SEP e os atores do Projeto Rio Rural GEF. • Formato: Basicamente, aulas expositivas com especialistas, contando com estudos de casos ou simulações de implantação de pequenas agro-indústrias e intervenções em áreas de preservação permanente. • Avaliação – ao final de cada curso deverá ser realizada uma avaliação expedita com os envolvidos. Também será realizada uma avaliação interna visando relatar ao Banco a efetividade do treinamento proferido. • Produção de material didático e manuais. Custos estimados (já incorporados na tabela de custos/Costab do Componente 3.2. de Capacitação) : Para cada módulo está previsto 2 dias de trabalho. Prevê-se a contratação de 4 profissionais seniores para ministrar os módulos, perfazendo uma carga horária de 32 horas por profissional, sendo 8 horas de aula e 16 horas para preparação do material didático. O material didático deverá ser distribuído aos participantes. O profissional contratado deverá entregar o material em uma única via para que a administração do curso possa reproduzi-lo. Para administrar o curso estima-se uma equipe de 4 profissionais, sendo um sênior e 3 auxiliares, com 80 horas para o profissional sênior mais 120 horas dos auxiliares. Para a elaboração dos manuais estima-se uma equipe de 2 profissionais sênior, com dedicação de 32 horas por profissional. A hora dos profissionais sênior é estimada em R$ 120,00 enquanto a dos auxiliares é de R$ 30,00. Há ainda as despesas com reprodução de material de apoio, lanches e outras despesas eventuais, as quais podem ser estimadas em R$ 50,00 por pessoa, o que redunda em R$ 1.500,00 por módulo, ou ainda R$ 3.000,00 no total. Portanto, estima-se em R$ 42.600,00 os custos para ministrar os cursos e produzir os manuais, excetuadas as despesas com aluguel de local, refeições, estadias e transportes. Page 27 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 27 ANEXO 01 MARCO LEGAL AMBIENTAL RELEVANTE PARA O PROJETO Page 28 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 28 MARCO LEGAL AMBIENTAL RELEVANTE PARA O PROJETO 1. Nível federal Política de Meio Ambiente · Decreto n.º 88.351/83 (que regulamentou a Lei n.º 6.938/81 atualmente substituído pelo Decreto n.º 99.274 de 06/06/90) e que instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente; · Decreto n.º 99.274 de 06 de junho de 1990, que regulamentou as Leis Federais n.º 6.902/83 e n.º 6.938/81, o qual definiu como responsabilidade do empreendedor a necessidade de apresentação dos estudos de impacto ambiental, e, da administração pública, da outorga de atos administrativos, que receberam o nome de licenças ambientais, a saber: I - Licença Prévia (LP) II - Licença de Instalação (LI) III - Licença de Operação (LO) Licenciamento Ambiental Resolução CONAMA 001/86 Resolução CONAMA 237/97 Participação Pública Resolução CONAMA 009/87 Recursos Hídricos · Decreto 24.643/34 (Código de Águas) – enfoca as águas como recursos dotados de valor econômico, merecedores de atenção especial do estado. Em seus artigos 32 e 33 reconhece a possibilidade de desapropriação dos recursos hídricos em razão de necessidade ou utilidade pública. · Lei 9.433 de 8 de janeiro de 1997 – Instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Page 29 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 29 · Resolução n.º 20 de 18/06/86 do CONAMA, as águas doces, salobras e salinas, são classificadas, segundo seus usos preponderantes, em nove classes. b) o enquadramento das águas estaduais ... f) Enquanto não forem feitos os enquadramentos, as águas doces serão consideradas Classe 2 · Constituição de 1988 – adota uma concepção moderna na qual os rios são compreendidos a partir do conceito de bacia hidrográfica e não como elemento físico isolado. Esta abordagem permite a gestão integrada dos recursos hídricos. · Portaria MS Nº. 36, de 19.01.90 - Aprova normas e padrões de potabilidade da água destinada ao consumo humano; · Lei 9433/97 – institui a Política Nacional de Recursos Hídricos Os princípios básicos estão estabelecidos no artigo 1º e seus incisos: a) a água é um bem de domínio público; b) a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico; c) em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais; d) a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar o uso múltiplo das águas; e) a bacia hidrográfica é a unidade territorial f) a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos Usuários e das comunidades. Ainda de acordo com a Lei, a administração dos recursos hídricos é feita em três níveis: a) Conselho Nacional de Recursos hídricos b) Comitês de Bacias Hidrográficas c) Agências de Água · Lei Federal 9984 de 17 de julho de 2000 – institui a ANA – agência Nacional de Águas, entidade responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. · Portaria 1469/2000- Ministério da Saúde – estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade da água, e dá outras providências. · Decreto - Lei nº. 382/99, de 22 de setembro - Estabelece Perímetros de Proteção para Captações de Águas Subterrâneas Destinadas ao Abastecimento Público. Page 30 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 30 Flora · Lei N.º 4.771/65 - Código Florestal - com suas posteriores alterações, com destaque para a MP 2.166-67 de 24/08/01, cuja cópia em Anexo ao relatóriodetalhado de avaliação ambiental (disponível na SEAAPI). · Resolução CONAMA 303/02 – dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente, e revoga a Resolução CONAMA 4/85 XIII - Área Urbana Consolidada: aquela que atende aos seguintes critérios: a) definição legal pelo poder público; b) existência de, no mínimo, quatro dos seguintes equipamentos de infra- estrutura urbana: 1. malha viária com canalização de águas pluviais, 2. rede de abastecimento de água; 3. rede de esgoto; 4. distribuição de energia elétrica e iluminação pública; 5. recolhimento de resíduos sólidos urbanos; 6. tratamento de resíduos sólidos urbanos; e 7. densidade demográfica superior a cinco mil habitantes por km2. Art. 3º Constitui APP a área situada: I. em faixa marginal medida a partir do nível mais alto, em projeção horizontal com largura mínima de: a) trinta metros para curso d’água com menos de 10m de largura; b) 50m para curso d’água com 10 50m de largura; .... VI. Nas linhas de cumeada em área determinada a partir da curva de nível correspondente a dois terços da altura, em relação à base, do pico mais baixo da cumeada, fixando-se a curva de nível para cada segmento de cumeada equivalente mil metros · Lei da Mata Atlântica - Decreto dez/03 – aprovado pela Câmara de Deputados. Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências. Art. 1º A conservação, proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica, patrimônio nacional, observarão o que estabelece esta Lei, bem como a legislação ambiental.... Page 31 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 31 Art. 8º O corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata Atlântica far-se-ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação primária ou secundária, nesta última levando-se em conta o estágio de regeneração. ...... Art. 11. O corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração do Bioma Mata Atlântica ficam vedados, dentre outros casos, quando: I - a vegetação: a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção, em território nacional ou em âmbito estadual, assim declaradas pela União ou pelos Estados, e a intervenção ou o parcelamento puserem em risco a sobrevivência dessas espécies; b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle de erosão; c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secundária em estágio avançado de regeneração; d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos executivos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA; Art. 12. Os novos empreendimentos que impliquem o corte ou a supressão de vegetação do Bioma Mata Atlântica deverão ser implantados preferencialmente em áreas já substancialmente alteradas ou degradadas. Art. 14. A supressão de vegetação primária e secundária no estágio avançado de regeneração somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública, sendo que a vegetação secundária em estágio médio de regeneração poderá ser suprimida nos casos de utilidade pública e interesse social, em todos os casos devidamente caracterizados e motivados em procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e locacional ao empreendimento proposto, ressalvado o disposto no inciso I do art. 30 e nos §§ 1º e 2º do art. 31. § 1º A supressão de que trata o caput dependerá de autorização do órgão ambiental estadual competente, com anuência prévia, quando Page 32 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 32 couber, do órgão federal ou municipal de meio ambiente, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo. § 2º A supressão de vegetação no estágio médio de regeneração situada em área urbana dependerá de autorização do órgão ambiental municipal competente, desde que o município possua conselho de meio ambiente, com caráter deliberativo e plano diretor, mediante anuência prévia do órgão ambiental estadual competente fundamentada em parecer técnico. § 3º Na proposta de declaração de utilidade pública disposta no art. 3º, VII, b, caberá ao proponente indicar de forma detalhada a alta relevância e o interesse nacional. Art. 15. Na hipótese de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, o órgão competente exigirá a elaboração de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, ao qual se dará publicidade, assegurada a participação pública. Art. 17. O corte ou a supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlântica, autorizados por esta Lei, ficam condicionados à compensação ambiental, na forma de destinação de área equivalente à extensão da área desmatada, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica, sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica. Art. 30. É vedada a supressão de vegetação primária do Bioma Mata Atlântica, para fins de loteamento ou edificação, nas regiões metropolitanas e áreas urbanas consideradas como tal em lei específica, aplicando-se à vegetação secundária as seguintes restrições: I - nos perímetros urbanos aprovados até 30 de novembro de 2003, a supressão de vegetação secundária em estágio avançado de regeneração dependerá de prévia autorização do órgão estadual competente e somente será admitida, para fins de loteamento ou edificação, no caso de empreendimentos que garantam a preservação de vegetação nativa em estágio avançado de regeneração em no mínimo 50% (cinqüenta por cento) da sua área total, ressalvado o disposto nos arts. 11, 12 e 17 e atendido o disposto no Plano Diretor do município e demais normas urbanísticas e ambientais aplicáveis; Page 33 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 33 Fauna · A Lei n.º 5.197 de 03/01/1967 (alterada pelas Leis n.º 7.584/87, n.º 7.653/88 e n.º 7.679/88) regulamentada pelo Decreto 97.633/89, garante respaldo à proteção de animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, em propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha (artigo 1º). · Lei n.º 7.653/88 que considera crime inafiançável, ações contra a fauna silvestre; e à Portaria IBAMA n.º 1.522 de 19/12/89, que promulgou a lista oficial das Espécies Brasileiras Ameaçadas de Extinção. Lei de Crimes Ambientais · Lei N.º 9.605 de 13/02/98 – dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente dá outras providências. sugere- se ao Paulo retirar este item pois o projeto não prevê nehuma dentre as atividaes citadas nestas duas resoluçoes Conama sobre residuos solidos. 2. Nível Estadual Política Estadual de Meio Ambiente · Decreto-Lei 134/75 - Política Estadual de Controle Ambiental regulamentado pelos Decretos 1.633 de 21.12.77, 2.330 de 08.01.79 e 8.974 de 15.05.84. · Decreto 1.633/77 – dispõe sobre a criação do SLAP - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras. · Constituição do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05/10/89; · Decreto 21.258/95 estabeleceu a estrutura do Poder Executivo, criou a Secretaria de Meio Ambiente – SEMA. Licenciamento Ambiental · Em linhas gerais, o procedimentos de licenciamento e avaliação de impactos ambientais adotado pelo Estado do Rio de Janeiro é semelhante ao descrito nas normas federais e se encontra consolidada no DECRETO 1.633/77, que criou o SLAP Page 34 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 34 - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras. O processo de licenciamento do SLAP, cuja edição é anterior a Lei Federal 6.938/81, é realizado em três fases distintas através da concessão das licenças ambientais a que se refere o artigo 4º do Decreto 1.633/77. Compete à Comissão Estadual de Controle Ambiental - CECA e à FEEMA, a operacionalização do SLAP. · Lei Estadual 1.356, de 3 de outubro de 1988 que dispõe sobre os procedimentos vinculados à elaboração, análise e aprovação dos Estudos de Impacto Ambiental, e que estabelece obrigações complementares ao empreendedor. · As principais deliberações da CECA relacionadas à avaliação de impactos ambientais são: Deliberação CECA 003/77 - Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras. Deliberação CECA 1.078/87 - Diretriz para implantação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Deliberação CECA 1.173/87 - Participação e acompanhamento da comunidade no processo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA). Deliberação CECA 1.344/88 - Regulamenta a realização de audiências públicas como parte do processo de licenciamento de atividades poluidoras sujeitas à apresentação de EIA e respectivo RIMA. Deliberação CECA 2.117/90 - Diretriz para implantação de EIA e respectivo RIMA. Recursos hídricos · Decreto Nº.- 15.159 DE 24 DE JULHO DE 1990 – estabelece a Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA - como órgão gestor dos recursos hídricos. · Lei Nº. 3239, de 02 de agosto de 1999 - Institui a política estadual de Recursos Hídricos; cria o sistema estadual de gerenciamento de recursos hídricos; regulamenta a Constituição Estadual, em seu artigo 261, parágrafo 1º, inciso VII; e dá outras providências · Decreto Nº. 32.225 de 21 de novembro de 2002 - Dispõe sobre a criação do Conselho de Recursos Hídricos do Estado do Rio de Janeiro. Page 35 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 35 Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos · Deliberação CECA nº. 3.327, de 29 de novembro de 1994 - Aprova DZ-1311.R-4 - DIRETRIZ DE DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS - Estabelece diretrizes para o licenciamento da destinação de resíduos sólidos, semi-sólidos e líquidos não passíveis de tratamento convencional, provenientes de quaisquer fontes poluidoras, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP. · NT-202 - Critérios e padrões para lançamento de efluentes líquidos; · IT-1302 - Instrução Técnica para requerimento de licenças para aterros sanitários; · DZ-1310 - Diretriz de implantação do sistema de manifesto de resíduos industriais; · Lei nº. 3316, de 09 de dezembro de 1999 - Autoriza o poder executivo a implantar sistema de tratamento de resíduos sólidos dos serviços de saúde e dá outras providências · Lei nº. 4191, de 30 de setembro de 2003 - Dispõe sobre a política estadual de resíduos sólidos e dá outras providências. Art. 11 - Todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro, para fins de cumprimento da presente Lei, deverão incluir em seus diagnósticos ambientais e planos diretores a previsão de áreas passíveis de licenciamento pelo órgão estadual responsável pelo licenciamento ambiental, para efetivação da destinação final de seus resíduos sólidos urbanos industriais e/ou não industriais, no prazo de (01) um ano. Art. 12 - Ficam estabelecidos os seguintes princípios no tocante a atividades de geração, importação e exportação de resíduos sólidos: I – a geração de resíduos sólidos, no Estado do Rio de Janeiro, deverá ser minimizada através da adoção de processos de baixa geração de resíduos e da reutilização e/ou reciclagem de resíduos sólidos; II – os resíduos sólidos gerados nos outros Estados da Federação somente serão aceitos no Estado do Rio de Janeiro, desde que caracterizados e aprovados pelo órgão estadual responsável pelo licenciamento ambiental, uma vez atendidas as suas normas e diretrizes; III – os resíduos sólidos gerados em outros países somente serão aceitos no Estado do Rio de Janeiro, desde que atendidos os critérios estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Page 36 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 36 Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e demais normas federais, bem como o disposto no inciso III deste artigo; IV - a busca da garantia de qualidade de vida das populações atuais sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras; V - a participação dos segmentos organizados da sociedade; VI - a integração da Política Estadual de Resíduos Sólidos às políticas de erradicação do trabalho infantil e de políticas sociais; VII - a promoção de um modelo de gestão de resíduos sólidos que incentive a cooperação intermunicipal, estimulando a busca de soluções consorciadas, observando suas variáveis ambientais, sociais, culturais, econômicas, tecnológicas e regionais; VIII - a responsabilidade pós-consumo do produtor pelos produtos e serviços ofertados através de apoio a programas de coleta seletiva e Educação Ambiental. Art. 16 - Ficam sujeitas a prévio licenciamento ambiental pelo Órgão Estadual de Meio Ambiente, sem prejuízo de outras autorizações legalmente exigidas: I - as obras de unidades de transferências, tratamento e disposição final de resíduos sólidos de origem doméstica, pública e industrial; Esta legislação, recente, pretende minimizar o problema recorrente de se encontra áreas disponíveis técnica e ambientalmente viáveis para implantação de aterros. O crescimento das áreas urbanas acaba por ocupar essas áreas impossibilitado planejamento a longo prazo e o adequado direcionamento da ocupação. Essa medida devera minimizar os conflitos inerentes ao desenvolvimento da atividade, fundamental à boa qualidade de vida das comunidades. direcionando a ocupação. Page 37 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 37 ANEXO 02 Quadro resumo dos principais impactos elencados nesta avaliação, indicadores, monitoramento e formas de controle e mitigação e de impactos Page 38 D : \ A d o b e \ A c r o b a t 4 . 0 \ P D F O u t p u t \ E 1 1 2 7 . d o c 3 8 L i n h a d e A ç ã o A t i v i d a d e s F u n d a m e n t a ç ã o T é c n i c a I m p a c t o a m b i e n t a l ( P o s i t i v o o u N e g a t i v o ) F o r m a s d e c o n t r o l e e m i t i g a ç ã o o u p o t e n c i a l i z a ç ã o , p a r a i m p a c t o s n e g a t i v o s I n d i c a d o r e s M o n i t o r a m e n t o R e s p o s n a b i l i d a d e P o s i t i v o s : M e l h o r i a d o s i s t e m a s o l o - á g u a , a u m e n t o d e p r o d u t i v i d a d e , d i m i n u i ç ã o d o u s o d e i n s u m o s N e g a t i v o s : R i s c o d e r o m p i m e n t o d e t e r r a ç o s , c o r d õ e s , e t c c a u s a n d o p r o c e s s o s e r o s i v o s D i m e n s i o n a m e n t o c r i t e r i o s o d a s e s t r u t u r a s p a r a c o n s e r v a ç ã o d o s s o l o s , t r e i n a m e n t o d e t é c n i c o s o p e r a d o r e s d e m á q u i n a s P o s i t i v o s : c r i a r a b r i g o p a r a f a u n a s i l v e s t r e , i n c l u s i v e p a r a o s i n i m i g o s n a t u r a i s d a s p r a g a s a g r í c o l a s , e s t a n c a r p r o c e s s o s e r o s i v o s , c o n t r i b u i r p a r a a m e l h o r i a d o s i s t e m a s o l o - á g u a N e g a t i v o s : n ã o h á . C o n t u d o , a i n t e r v e n ç ã o e m A P P d e v e s e r l i c e n c i a d a p r e v i a m e n t e N i h i l P o s i t i v o s : a u m e n t o d e p r o d u t i v i d a d e e d i m i n u i ç ã o / r a c i o n a l i z a ç ã o d o u s o d e i n s u m o s N e g a t i v o s : r i s c o d e c o n t a m i n a ç ã o d e m a n a n c i a i s c a u s a d o p e l a a p l i c a ç ã o i n c o r r e t a d e p r o d u t o s q u í m i c o s ( f e r t i l i z a n t e s e c o r r e t i v o s ) D e t e r m i n a r a s q u a n t i d a d e s a s e r e m a p l i c a d a s c o m b a s e e m a n á l i s e d e s o l o , p a r c e l a r a a p l i c a ç ã o d e f e r t i l i z a n t e s n a é p o c a d e c h u v a s i n t e n s a s A c o m p a n h a r c u r v a d e p r o d u t i v i d a d e a n t e s e d e p o i s d a a d o ç ã o d a s p r á t i c a s d e r e c u p e r a ç ã o d a f e r t i l i d a d e , b e m c o m o o s c u s t o s d e p r o d u ç ã o E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o V i s i t a s a c a m p o a p ó s c h u v a s d e g r a n d e i n t e n s i d a d e E x t e n s i o n i s t a s R e c o m p o s i ç ã o d a c o b e r t u r a v e g e t a l C o n s e r v a ç ã o d a b i o d i v e r s i d a d e Á r e a e m h a E l a b o r a ç ã o d e i n v e n t á r i o s p e r m a n e n t e s d a s á r e a s r e c u p e r a d a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o R e c u p e r a ç ã o d e á r e a s d e g r a d a d a s P r á t i c a s d e c o n s e r v a ç ã o d o s o l o U s o s u s t e n t á v e l d o s r e c u r s o s n a t u r a i s Á r e a e m h a R e c o m p o s i ç ã o d a f e r t i l i d a d e d o s o l o U s o s u s t e n t á v e l d o s r e c u r s o s n a t u r a i s Á r e a e m h a Page 39 D : \ A d o b e \ A c r o b a t 4 . 0 \ P D F O u t p u t \ E 1 1 2 7 . d o c 3 9 L i n h a d e A ç ã o A t i v i d a d e s F u n d a m e n t a ç ã o T é c n i c a I m p a c t o a m b i e n t a l ( P o s i t i v o o u N e g a t i v o ) F o r m a s d e c o n t r o l e e m i t i g a ç ã o o u p o t e n c i a l i z a ç ã o , p a r a i m p a c t o s n e g a t i v o s I n d i c a d o r e s M o n i t o r a m e n t o R e s p o s n a b i l i d a d e P o s i t i v o s : M e l h o r i a d a q u a l i d a d e e q u a n t i d a d e d e á g u a N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : c r i a r a b r i g o p a r a f a u n a s i l v e s t r e , i n c l u s i v e p a r a o s i n i m i g o s n a t u r a i s d a s p r a g a s a g r í c o l a s , e s t a n c a r p r o c e s s o s e r o s i v o s , c o n t r i b u i r p a r a a m e l h o r i a d o s i s t e m a s o l o - á g u a N e g a t i v o s : n ã o h á . C o n t u d o , a i n t e r v e n ç ã o e m A P P d e v e s e r l i c e n c i a d a p r e v i a m e n t e N i h i l P o s i t i v o s : d i m i n u i ç ã o d e d o e n ç a s e e n f e r m i d a d e s t r a n s m i t i d a s p e l a á g u a N e g a t i v o s : N i h i l Á r e a e m h a E l a b o r a ç ã o d e i n v e n t á r i o s p e r m a n e n t e s d a s á r e a s r e c u p e r a d a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o R e d u ç ã o d a p o l u i ç ã o h í d r i c a C o n t r i b u i r p a r a m e l h o r i a d a q u a l i d a d e d a á g u a N ú m e r o d e f o c o s d e p o l u i ç ã o e l i m i n a d o s A n á l i s e d a q u a l i d a d e d a á g u a e c o m p a r a ç ã o a o l o n g o d o t e m p o T é c n i c o s d a S E R L A c o m a p o i o d e O N G s M a n e j o d o s r e c u r s o s h í d r i c o s P r o t e ç ã o d e n a s c e n t e s e á r e a s d e r e c a r g a U s o s u s t e n t á v e l d o s r e c u r s o s n a t u r a i s N ú m e r o d e n a s c e n t e s r e c u p e r a d a s e q u a n t i d a d e ( h a ) d e á r e a s d e r e c a r g a p r o t e g i d a s E l a b o r a ç ã o d e i n v e n t á r i o s p e r m a n e n t e s d a s á r e a s r e c u p e r a d a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o R e c o m p o s i ç ã o d a m a t a c i l i a r C o n s e r v a ç ã o d a b i o d i v e r s i d a d e Page 40 D : \ A d o b e \ A c r o b a t 4 . 0 \ P D F O u t p u t \ E 1 1 2 7 . d o c 4 0 L i n h a d e A ç ã o A t i v i d a d e s F u n d a m e n t a ç ã o T é c n i c a I m p a c t o a m b i e n t a l ( P o s i t i v o o u N e g a t i v o ) F o r m a s d e c o n t r o l e e m i t i g a ç ã o o u p o t e n c i a l i z a ç ã o , p a r a i m p a c t o s n e g a t i v o s I n d i c a d o r e s M o n i t o r a m e n t o R e s p o s n a b i l i d a d e P o s i t i v o s : M e l h o r i a d o s i s t e m a s o l o - á g u a , a u m e n t o d a s á r e a s d e a b r i g o p a r a f a u n a N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : m e l h o r a r a s c o n d i ç õ e s d e a b r i g o e t r a n s i t o p a r a f a u n a s i l v e s t r e , i n c l u s i v e p a r a o s i n i m i g o s n a t u r a i s d a s p r a g a s a g r í c o l a s N e g a t i v o s : d i m i n u i ç ã o d e á r e a s o c u p a d a s p o r a g r i c u l t u r a c o m d i m i n u i ç ã o d e r e n d a f a m i l i a r A n t e v e r s i t u a ç õ e s c r í t i c a s e c r i a r m e c a n i s m o s d e c o m p e n s a ç ã o a o s p r o p r i e t á r i o s a f e t a d o s P o s i t i v o s : d i m i n u i ç ã o d o u s o d e a g r o q u í m i c o s N e g a t i v o s : R i s c o s d e p e q u e n o s a c i d e n t e s e d e r r a m a m e n t o d a s u b s t â n c i a p o r o c a s i ã o d o p r e p a r o E s c o l h e r l o c a i s , v a s i l h a m e s e u t e n s í l i o s a d e q u a d o s p a r a a p r e p a r a ç à o e p r o v e r o s p r e p a r a d o r e s d e a v e n t a i s , l u v a s e m á s c a r a s p a r a o s o l h o s A n á l i s e d e p r o d u t i v i d a d e , c u s t o s d e p r o d u ç ã o e r e n t a b i l i d a d e d a s c u l t u r a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o E l a b o r a ç ã o d e i n v e n t á r i o s p e r m a n e n t e s d a s á r e a s r e s t a u r a d a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o A ç õ e s p a r a c o n e x õ e s e n t r e f r a g m e n t o s C o n s e r v a ç ã o d a b i o d i v e r s i d a d e Á r e a e m h a e n ú m e r o d e f r a g m e n t o s l i g a d o s E l a b o r a ç ã o d e i n v e n t á r i o s p e r m a n e n t e s d a s á r e a s r e c u p e r a d a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o U s o e m a n e j o s u s t e n t á v e l d a b i o d i v e r s i d a d e R e s t a u r a ç ã o f l o r e s t a l U s o s u s t e n t á v e l d o s r e c u r s o s n a t u r a i s e c o n s e r v a ç ã o d a b i o d i v e r s i d a d e Á r e a e m h a P r o d u ç ã o d e s u b s t â n c i a s b i o a t i v a s C o n t r i b u i r p a r a p r o d u ç ã o a g r í c o l a m a i s l i m p a Á r e a e m h a m a n e j a d a c o m s u b s t â n c i a s b i o - a t i v a s Page 41 D : \ A d o b e \ A c r o b a t 4 . 0 \ P D F O u t p u t \ E 1 1 2 7 . d o c 4 1 L i n h a d e A ç ã o A t i v i d a d e s F u n d a m e n t a ç ã o T é c n i c a I m p a c t o a m b i e n t a l ( P o s i t i v o o u N e g a t i v o ) F o r m a s d e c o n t r o l e e m i t i g a ç ã o o u p o t e n c i a l i z a ç ã o , p a r a i m p a c t o s n e g a t i v o s I n d i c a d o r e s M o n i t o r a m e n t o R e s p o s n a b i l i d a d e P o s i t i v o s : M e l h o r i a d o s i s t e m a s o l o - á g u a , r e c u p e r a ç ã o d e á r e a s c o m p r o c e s s o s e r o s i v o s N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : d i m i n u i r o u s o d e a g r o q u í m i c o s , m e l h o r a r a s c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s d a s á r e a s o c u p a d a s , f o r t a l e c e r o s s i s t e m a s d e c o n t r o l e b i o l ó g i c o d e p r a g a s e d o e n ç a s , p r o d u z i r a l i m e n t o s m a i s l i m p o s N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : d i m i n u i ç ã o d o u s o d e a g r o q u í m i c o s e a u m e n t o d a p r o d u t i v i d a d e N e g a t i v o s : N i h i l Á r e a e m h a A n á l i s e d e p r o d u t i v i d a d e , c u s t o s d e p r o d u ç ã o e r e n t a b i l i d a d e d a s c u l t u r a s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o M a n e j o s u s t e n t á v e l d e p a s t a g e n s C o n t r i b u i r p a r a p r o d u ç ã o a g r í c o l a m a i s l i m p a Á r e a e m h a A n á l i s e d e p r o d u t i v i d a d e , c u s t o s d e p r o d u ç ã o e r e n t a b i l i d a d e d a s p a s t a g e n s E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o R e o r i e n t a ç ã o d e s i s t e m a s p r o d u t i v o s p a r a s i s t e m a s s u s t e n t á v e i s S i s t e m a s A g r o f l o r e s t a i s U s o s u s t e n t á v e l d o s r e c u r s o s n a t u r a i s e c o n s e r v a ç ã o d a b i o d i v e r s i d a d e Á r e a e m h a A n á l i s e d e p r o d u t i v i d a d e , c u s t o s d e p r o d u ç ã o e r e n t a b i l i d a d e d a a t i v i d a d e E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o A r i c u l t u r a o r g â n i c a C o n t r i b u i r p a r a p r o d u ç ã o a g r í c o l a m a i s l i m p a Page 42 D : \ A d o b e \ A c r o b a t 4 . 0 \ P D F O u t p u t \ E 1 1 2 7 . d o c 4 2 L i n h a d e A ç ã o A t i v i d a d e s F u n d a m e n t a ç ã o T é c n i c a I m p a c t o a m b i e n t a l ( P o s i t i v o o u N e g a t i v o ) F o r m a s d e c o n t r o l e e m i t i g a ç ã o o u p o t e n c i a l i z a ç ã o , p a r a i m p a c t o s I n d i c a d o r e s M o n i t o r a m e n t o R e s p o s n a b i l i d a d e P o s i t i v o s : M e l h o r i a d a q u a l i d a d e d e v i d a d a s f a m i l i a s d o p r o j e t o N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : M e l h o r i a d a q u a l i d a d e d e v i d a d a s f a m i l i a s d o p r o j e t o N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : a g r e g a ç ã o d e v a l o r a o p r o d u t o e a u m e n t o d a r e n d a d a s f a m i l i a s d o p r o j e t o N e g a t i v o s : N i h i l P o s i t i v o s : A u m e n t o d a r e n d a e m e l h o r i a d a q u a l i d a d e d e v i d a d a s f a m i l i a s d o p r o j e t o N e g a t i v o s : N i h i l A n á l i s e d a r e n t a b i l i d a d e d a a t i v i d a d e E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o A p o i o à c o m e r c i a l i z a ç ã o d e p r o d u t o s s ó c i o - a m b i e n t a l m e n t e a d e q u a d o s S i s t e m a s a s s o c i a t i v o s d e p r o d u ç ã o R a c i o n a l i z a r o s e s p a ç o s d a p r o d u ç ã o e a b a i x a r o s c u s t o s d e p r o d u ç ã o A n á l i s e d o s c u s t o s d e p r o d u ç ã o e r e n t a b i l i d a d e d a s c u l t u r a s N ú m e r o d e p r o j e t o s d e p l a n t i o e m a s s o c i a ç õ e s V a l o r e s d e c o m e r c i a l i z a ç ã o E x t e n s i o n i s t a s e g e r e n t e s d o p r o j e t o A n á l i s e d a r e n t a b i l i d a d e d a a t i v i d a d e c e r t i f i c a d a C o n s u l t o r e s e x t e r n o s E s t u d o s d e m e r c a d o M e l h o r a r a c o m e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s A c o m p a n h a m e n t o d a e v o l u ç à o d o s p r e ç o s d e c o m e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s P e s q u i s a d o r e s C e r t i f i c a ç ã o d e p r o d u t o s a g r í c o l a s p r o d u z i d o s a t r a v é s d e p r á t i c a s s u s t e n t á v e i s M e l h o r a r a c o m e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s N ú m e r o d e p r o d u t o s c e r t i f i c a d o s , q u a n t i d a d e d e p r o d u t o s c e r t i f i c a d o s c o m e r c i a l i z a d o s A g r e g a ç ã o d e v a l o r p ó s - c o l h e i t a a p r o d u t o s a g r o e c o l ó g i c o s M e l h o r a r a s c o n d i ç õ e s d e e s t o c a g e m e c o m e r c i a l i z a ç ã o d o s p r o d u t o s Q u a n t i d a d e d e p r o d u t o s b e n e f i c i a d o s Page 43 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 43 ANEXO 03 Projetos e Enquadramento nas Categorias Page 44 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 44 LISTA DE ATIVIDADES Categorização Ambiental de Inversões rurais Para Categoria I Projetos com impactos ambientais negativos inexistentes ou insignificantes que, consequentemente, não requerem medidas mitigadoras. · atividades que utilizam sistemas conservacionistas de preparo e manejo do solo; · atividades de agricultura orgânica e agroecológica; · atividades de conservação da biodiversidade; · iniciativas de manejo integrado de microbacias hidrográficas; · aproveitamento sustentável de plantas medicinais; · plantações florestais, preferencialmente com espécies nativas, em áreas já desmatadas fora de Area de Preservação Permanente; · estudos de mercado; · apoio à certificação de produtos. Para Categoria II Projetos com impactos ambientais potenciais de baixa magnitude, que podem ser facilmente mitigáveis. Nesta categoria, deverá ser feita uma identificação dos possíveis impactos e de suas medidas mitigadoras, as quais deverão ser incorporadas ao desenho do projeto. · estabelecimento ou controle ambiental de micro-processadoras de alimentos de nível familiar; · atividades de controle ambiental de sistemas de cultivo de peixeem pequena escala; · construção de pequenas obras de proteção de fontes de captação de água para fins de consumo humano, tipo comunitário e dessedentação de animais; Page 45 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 45 · melhoria de sistemas de produção tradicionais ou alternativos implantados em áreas de aptidão restrita; · desenvolvimento de ações com aptidão ao ecoturismo; · implantação de sistemas individuais de manejo, armazenagem e tratamento de dejetos animais. Para Categoria III Projetos com impactos ambientais potenciais de magnitude moderada, que podem ser mitigáveis, os quais estão sujeitos ao licenciamento ambiental; também se enquadram nesta categoria projetos de recuperação ambiental localizados em Áreas de Preservação Permanente (APPs), que deverão seguir as normas e instruções dos órgão ambientais competentes. Requer uma descrição detalhada preparada pelo responsável pelo projeto, justificando a realização do projeto com todos os riscos ambientais e explicando em detalhes a natureza e alcance das medidas de mitigação incorporadas no projeto. De acordo com a opinião do técnico ou equipe responsável pela aprovação do projeto, poderá ser constatada a necessidade de contratação de assessoria ambiental especializada para fazer estudos específicos sobre aspectos críticos, e elaborar os respectivos Relatórios Ambientais, em casos de projetos que o requerem, segundo a legislação ambiental vigente. · aproveitamento florestal de madeira ou outros produtos lenhosos, com Plano de Manejo aprovado pela instituição competente (IBAMA, FEEMA-IEF); · atividades extrativas não madeireiras, sob cobertura de mata, sem uso de pesticidas e sem envolver extração de madeira; · estabelecimento ou controle ambiental de agroindústria de pequena escala; · atividades de controle ambiental de sistemas de cultivo de peixe de médio potencial poluidor/degradador; · estabelecimento ou controle ambiental de unidades de beneficiamento e processamento de produtos agrícolas de pequeno porte; Page 46 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 46 · implantação de sistemas coletivos de manejo, armazenamento e tratamento de dejetos animais; A categorização aqui apresentada é uma diretriz para julgar cada projeto sem perder de vista suas características e méritos próprios. Recomenda-se a elaboração e implantação do programa de capacitação e assistência técnica em avaliação ambiental, o qual irá contribuir para melhorar substancialmente o entendimento dos técnicos com respeito ao significado das categorias I, II e III, o que permitirá, quando for necessário, que os mesmos Técnicos possam propor modificações na categorização para garantir a incorporação de medidas de mitigação ambiental na formulação dos projetos. ANEXO 04 Page 47 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 47 Lista de Checagem Page 48 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 48 LISTA DE CHECAGEM Esta ficha deverá servir como guia para análise e tomada de decisões no que se refere ao possível impacto ambiental e medidas que devem ser tomadas na implementação dos projetos específicos das microbacias. Ela deverá acompanhar as propostas (projetos) que serão encaminhadas à Secretaria Executiva do Projeto – SEP. Para projetos de Categoria III está prevista uma Comissão Regional , a qual terá a participação da Feema e do IEF. A. Classificação e linha de apoio do projeto: 1) - Quanto a classificação: I ( ) II ( ) III( ) 2) - Quanto à linha de apoio do Fundo a ser utilizada: ( )- Recuperação de áreas degradadas ( )- Manejo de recursos hídricos ( )- Uso e manejo sustentável da biodiversidade ( )- Reorientação de sistemas produtivos para sistemas sustentáveis ( )- Apoio à comercialização de produtos sócio-ambientalmente adequados B. Produtor: (Se o projeto for coletivo ou comunitário, colocar o nome do representante do grupo e anexar o nome dos demais participantes) C. Localização: - Município: - Microbacia: - Comunidade: D. Impactos potenciais da proposta em relação aos seguintes aspectos: 1. TERRAS AGRÍCOLAS 1.1) O Projeto proposto melhorará as condições químicas, físicas e biológicas das terras cultiváveis? Sim Não Desconhecido 1.2) O Projeto proposto poderá degradar as terras cultiváveis? Sim Não Desconhecido Page 49 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 49 2. EROSÃO DO SOLO 2.1) O Projeto contribuirá para o controle das perdas de solo por erosão? Sim Não Desconhecido 2.2) O Projeto, direta ou indiretamente, poderá aumentar as perdas do solo por erosão? Sim Não Desconhecido 3. QUANTIDADE DE ÁGUA DE SUPERFÍCIE 3.1) Existem recursos de água de superfície na área do Projeto? Sim Não Desconhecido 3.2) Existem informações sobre a quantidade de água disponível na eventualidade de utilização para o Projeto? Sim Não Desconhecido 3.3) O Projeto ajudará a aumentar ou preservar o fornecimento de água disponível, como por exemplo, pelo incremento das condições de vazão, proteção de mananciais, etc.? Sim Não Desconhecido 3.4) O Projeto aumentará a demanda ou causará perdas de água de superfície, direta ou indiretamente? Sim Não Desconhecido 4. QUALIDADE DA ÁGUA DE SUPERFÍCIE 4.1) Exis tem informações disponíveis sobre a atual qualidade das águas? Page 50 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 50 Sim Não Desconhecido 4.2) O Projeto provocará descargas adicionais por interferência antrópicas nas águas de superfície (esgotos, outros efluentes)? Sim Não Desconhecido 4.3) O Projeto ajudará a melhorar a qualidade da água de superfície? Sim Não Desconhecido 4.4) O Projeto direta ou indiretamente poderá causar uma deterioração da qualidade da água de superfície? Sim Não Desconhecido 5. QUALIDADE DO AR 5.1) Existem informações disponíveis sobre a qualidade do ar? Sim Não Desconhecido 5.2) O Projeto produzirá qualquer emissão no ar diretamente? Sim Não Desconhecido 5.3) O Projeto ajudará a reduzir as fontes de poluição do ar existentes, como por exemplo, as queimadas ao ar livre? Sim Não Desconhecido 5.4) O Projeto poderá provocar, pelas práticas introduzidas, uma degradação na qualidade do ar? Sim Não Desconhecido 6. RUÍDO Page 51 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 51 6.1) O ruído é um problema presente na área do Projeto? Sim Não Desconhecido 6.2) O Projeto ajudará na redução das condições indesejáveis de ruído? Sim Não Desconhecido 6.3) O Projeto causará um aumento temporário ou permanente na geração de ruídos, como por exemplo, maquinário pesado ou transito rodoviário? Sim Não Desconhecido 7. ECOSSISTEMA AQUÁTICO 7.1) Algum ecossistema aquático natural, listado abaixo, pode ser considerado importante ou único, pelo seu tamanho, abundância ou tipo e poderá ser afetado pelo Projeto? - Rios Sim Não Desconhecido - Riachos Sim Não Desconhecido - Lagos Sim Não Desconhecido - Lagoas Sim Não Desconhecido 7.2) Estes ecossistemas são: - Conservados Sim Não Desconhecido - Moderadamente degradados Sim Não Desconhecido - Muito degradados Sim Não Desconhecido Page 52 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 52 7.3) Estes si stemas são usados pela população local: - Para consumo: Água potável Sim Não Desconhecido Animais Sim Não Desconhecido - Para outros: Irrigação Sim Não Desconhecido Recreação (banho) Sim Não Desconhecido Descarga de resíduos Sim Não Desconhecido Transporte Sim Não Desconhecido Para produção Sim Não Desconhecido 7.4) O Projeto afetará diretamente o uso de água para consumo? Sim Não Desconhecido 7.5) O Projeto poderá afetar direta ou indiretamente a água destes ecossistemas para consumo ou não, no que se refere a: - Uso de produtos tóxicos que possam afetar estes sistemas Sim Não Desconhecido - Aumento da erosão Sim Não Desconhecido Page 53 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 53 - Aumento da população que possa afetar a capacidade de suporte dos sistemas Sim Não Desconhecido 8. OUTROS ECOSSISTEMAS: 8.1) Alguns dos ecossistemas listados abaixo, poderão ser atingidos na implantação do Projeto: - Floresta Sim Não Desconhecido - Várzea Sim Não Desconhecido 8.2) Estes ecossistemas são: Intactos Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Moderadamente degradados Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Muito degradados Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não 8.3) Estes ecossistemas são usados pela população local para: Captação de água potável Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Page 54 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 54 Água para animais Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Agricultura Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Como fonte de plantas medicinais, madeira, fibra, folhas, etc Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Criação de animais Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Refúgio da fauna Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não 8.4) O Projeto afetará, direta ou indiretamente este ecossistema através de: - Mudança no uso da terra pelo aumento da drenagem Sim Não Desconhecido - Uso de matéria prima deste ecossistema Floresta Sim Não Desconhecido Várzea Sim Não Desconhecido - Diminuição do uso de produtos deste ecossistema, produzindo ou fornecendo material substituto Sim Não Desconhecido Page 55 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 55 - Aumento de população na área causando uma fadiga crescente nesses ecossistemas Sim Não Desconhecido 9. ESPÉCIES AMEAÇADAS: 9.1 Existem espécies animais e/ou vegetais ameaçadas na área do Projeto? Sim Não Desconhecido 9.2) Estas espécies são: - De interesse científico Sim Não Desconhecido - De interesse comercial Sim Não Desconhecido 9.3) O Projeto afetará o habitat destas espécies: - Diretamente, destruindo esses habitats Sim Não Desconhecido - Indiretamente, alterando esses habitats (obras de drenagem, uso do solo, desmatamento, efeito de borda, etc) Sim Não Desconhecido 10. PLANTAS INVASORAS (Listagem em anexo) 10.1) Existem atualmente, algum problema com plantas invasoras na área do Projeto? Sim Não Desconhecido Page 56 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 56 10.2) O Projeto poderá: - Aumentar o habitat das plantas invasoras Sim Não Desconhecido - Diminuir o habitat das plantas invasoras Sim Não Desconhecido - Fornecer oportunidade de controle das plantas invasoras Sim Não Desconhecido - Aumentar a possibilidade da introdução de outras plantas invasoras Sim Não Desconhecido 11. PRAGAS 11.1) Existem problemas de praga dentro da área do Projeto? Sim Não Desconhecido 11.2) Existem espécies, dentro da área do Projeto que possuem potencial para se tornar pragas se houver alteração das condições ecológicas? Sim Não Desconhecido 11.3) Estas pragas estão associadas a: - Solo degradado Sim Não Desconhecido - Monocultura Sim Não Desconhecido - Uso incorreto de inseticidas Sim Não Desconhecido Page 57 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 57 11.4) O Projeto irá: - Aumentar a possibilidade de introdução de outras pragas Sim Não Desconhecido - Fornecer oportunidade para controle das pragas Sim Não Desconhecido 12. TRANSMISSORES DE DOENÇAS: 12.1) Existem problemas de doenças transmitidas por espécies vetores como mosquitos, moscas, etc.., na área no Projeto? Sim Não Desconhecido 12.2) A existência desses vetores de doenças está associada com: - Habitats aquáticos, áreas alagadas e/ou alagáveis Sim Não Desconhecido - Ocupação humana (disposição inadequada de lixo, etc) Sim Não Desconhecido - Dejetos animais Sim Não Desconhecido 12.3) O Projeto irá: - Favorecer o habitat do vetor Sim Não Desconhecido - Reduzir o habitat do vetor Sim Não Desconhecido Fornecer oportunidade de controle Sim Não Desconhecido Page 58 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 58 13. FONTES CONVENCIO NAIS E NÃO CONVENCIONAIS DE ENERGIA: 13.1) O Projeto a umentará a demanda de fontes convencionais de energia (petróleo, água, hidroelétrica, madeira, etc..)? Sim Não Desconhecido 13.2) O Projeto aumentará a demanda de fontes não convencionais de energia (solar, esterco, resíduos agrícolas, etc..)? Sim Não Desconhecido 14. RECURSOS NATURAIS/USO DA TERRA: 14.1) O uso e aptidão do solo na área do Projeto são adequados? Sim Não Desconhecido 14.2) O Projeto aumentará a intensidade de uso dos recursos naturais (solos, floresta, água)? Sim Não Desconhecido 15) USO DE DEFENSIVO S AGRÍCOLAS 15.1)O uso de defensivos agrícolas na área do projeto é intensivo? Sim Não Desconhecido 15.2) O projeto irá aumentar a utilização desses produtos? Page 59 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 59 Sim Não Desconhecido 15.3) Existe sistema de manejo correto (lavagem, coleta e destinação final) das embalagens desses produtos Sim Não Desconhecido 15.4) Irá implantar Manejo Integrado de Pragas (MIP)? Sim Não Desconhecido 16. APÓS ANÁLISE DOS IMPACTOS POTENCIAIS DESTA PROPOSTA, ESTABELECER, MESMO PARA PROJETOS INDIVIDUAIS, SUA CORRELAÇÃO COM A PROPOSTA DA COMUNIDADE/MICROBACIA, DE MODO A PERMITIR UMA ANÁLISE DOS IMPACTOS GLOBAIS DAS AÇÕES. Page 60 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 60 ANEXO 05 Relação das Plantas Daninhas ou Invasoras do Estado do Rio de Janeiro, nomes vulgares e áreas de ocorrência Page 61 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 61 Page 62 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 62 Page 63 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 63 Page 64 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 64 Page 65 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 65 Page 66 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 66 Page 67 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 67 Page 68 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 68 Page 69 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 69 Page 70 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 70 Page 71 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 71 Page 72 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 72 Page 73 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 73 Page 74 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 74 Page 75 D:\Adobe\Acrobat 4.0\PDF Output\E1127.doc 75